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OMS diz que substância reduz complicações da cirurgia de aborto
 
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09/03/2012

OMS diz que substância reduz complicações da cirurgia de aborto

Misoprostol é usado como abortivo e tem venda proibida no Brasil. Médicos viram benefícios em uso associado a cirurgias

O uso do medicamento misoprostol antes de cirurgias de aborto diminui os riscos de complicações em até um terço, segundo um estudo publicado online na revista médica “The Lancet”.

O misoprostol é usado em hospitais para induzir o parto em mulheres com dificuldades para ter dilatação e para expulsar fetos presos no útero após abortos naturais. No mercado negro, é usado como abortivo com o nome comercial “Cytotec”. Sua venda ao público em geral é proibida desde 1998 no Brasil. Apenas uma empresa tem autorização no país para fabricar misoprostol e apenas para uso hospitalar.

O uso da substância como abortivo é extremamente arriscado, segundo os médicos. Os efeitos colaterais são hemorragia, dor intensa, náuseas e vômitos. O aborto pode não ser total e causar deformações no feto. Também há risco de morte para a mãe.

O aborto é proibido no Brasil, considerado um “crime contra a vida”. A pena no Código Penal para uma mulher que aborta pode chegar a três anos de prisão. Terceiros que façam um aborto em uma gestante podem ficar presos por até quatro anos. Abortos sem o consentimento da mulher ou em menores de 14 anos têm pena de até 10 anos. Se a gestante morrer em consequência do procedimento, o tempo de prisão é dobrado.

O procedimento só é autorizado em casos de gravidez resultante de estupro ou de risco de morte da gestante.

O estudo publicado no dia 08/03, quinta-feira foi feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e analisou apenas os efeitos do medicamento em seu uso associado a cirurgias abortivas em países onde o aborto é permitido por lei.

Das 4.972 mulheres que passaram por abortos estudadas (todas com menos de 12 semanas de gestação), aquelas que receberam o misoprostol até três horas antes da operação tiveram um terço menos chances de sofrer uma complicação, como uma eliminação incompleta do embrião, hemorragia, dores e náuseas.

Segundo os autores do estudo, o uso do remédio nesses casos pode ser positivo – desde que as mulheres sejam informadas de seus riscos e efeitos.


Autor: Redação
Fonte: G1

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