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Estudo aponta eficácia de antifúngico no tratamento de epilepsia
 
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13/03/2012

Estudo aponta eficácia de antifúngico no tratamento de epilepsia

Estudos prévios demonstraram que o clotrimazol é capaz de interferir no processo de entrada de cálcio nos neurônios

Um estudo realizado pela Disciplina de Neurologia Experimental da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) demonstrou que o clotrimazol, substância antifúngica utilizada no tratamento de candidíases e micoses, funcionou como agente protetor de células nervosas que, se lesadas, provocam epilepsia.

Atualmente, estima-se que 60 milhões de pessoas no mundo têm epilepsia e que aproximadamente 80% destes indivíduos vivem em países em desenvolvimento. No Brasil, aproximadamente 2% da população tem epilepsia.

Estudos prévios demonstraram que o clotrimazol é capaz de interferir no processo de entrada de cálcio nos neurônios. Nas epilepsias, um dos principais mecanismos capazes de lesar neurônios em crises epilépticas é o excesso de cálcio nas células nervosas.

Os pesquisadores aplicaram pilocarpina, um alcalóide capaz de induzir status epilepticus, que são crises epilépticas duradouras e que não mostram sinais clínicos de interrupção, em oito ratos de laboratório, dos quais quatro receberam a substância pura e outros quatro a receberam associada ao clotrimazol.

Os ratos foram acompanhados durante 15 dias, sendo que metade continuou recebendo uma dose diária do antifúngico e a outra metade recebia somente doses de soro fisiológico.

Após 60 dias, verificou-se que os ratos que receberam clotrimazol tiveram menor perda de células nervosas quando comparado aos que receberam somente solução fisiológica.

De acordo com Fulvio Alexandre Scorza, neurofisiologista e professor da disciplina de Neurologia Experimental da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo – EPM/Unifesp e responsável pela pesquisa, a proteção dos neurônios pelo antifúngico sugere que esta pode ser uma alternativa futura no tratamento das epilepsias. “Esse é o primeiro trabalho no mundo que mostrou esse efeito e obviamente, abre enormes perspectivas para futuras pesquisas e, quem sabe, para uma nova proposta terapêutica”, afirma o pesquisador.


Autor: Redação
Fonte: UOL Notícias

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