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Tratamento para nova síndrome infantil anima pesquisadores
 
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04/06/2009

Tratamento para nova síndrome infantil anima pesquisadores

A publicação está no New Engand Journal of Medicine desse mês

Cientistas do National Institutes of Health, nos Estados Unidos, descobriram uma nova síndrome infantil, que se manifesta logo após o nascimento e difere de outras doenças autoinflamatórias. A publicação está na última edição do New Engand Journal of Medicine, sendo de relevância indiscutível para a área da saúde, pois, além de rara, permitirá a compreensão de outras doenças correlatas, como a psoríase.

A síndrome, chamada inicialmente por DIRA (deficiência do gene codificador do antagonista do receptor da interleucina-1), manifesta-se sob a forma de sintomas severos, como inchaço do tecido ósseo; deformações físicas; inflamação do tecido conjuntivo que recobre os ossos e erupções cutâneas, que podem recobrir todo o corpo da pessoa. Geralmente, manifesta-se até duas semanas após o nascimento.

Segundo os cientistas, essa doença se desenvolve por uma alteração genética que deixa o organismo mais sensibilizado à ação de vírus e demais toxinas. Além disso, conforme comenta a pesquisadora e autora do estudo Raphaela Goldbach-Mansky, “nós sabíamos desde o início que se tratava de uma doença nova, desconhecida e diferente de outras síndromes auto-inflamatórias”. 

Por meio do estudo de nove pacientes com sintomas similares, os pesquisadores isolaram o gene responsável (1L-1Ra). A intensidade dos sintomas surgem devido a uma incapacidade do organismo em deter a proteína inflamatória. A partir de então, foram administradas doses de uma droga sintética chamada de Anakinra, comumente utilizada em tratamentos de artrite reumática.

Os resultados mostraram-se satisfatórios, com remissão considerável de sintomas e diminuição do período de internação. Segundo os autores, tal resultado foi possível uma vez que a Anakinra age de modo similar ao gene responsável pela inibição da inflamação causada pela proteína no organismo humano. Ademais, acrescenta-se o fato que muitos desses pacientes já haviam tentado tratamento com outras drogas, de forma infrutífera. 

Daniel Kastnet, diretor clínico do Instituto Nacional de Artrites, Doenças da pele e Músculo-esqueléticas, conclui que “esse resultado só foi possível devido à incessante colaboração internacional entre institutos de pesquisa”.
 

Referência

AKSENTIJEVICH, I. et al. An autoinflammatory disease with deficiency of the interleukin-1 receptor antagonist. N Engl J Med, v.360, p. 2416-2427, 2009.
 


Autor: Guilherme Wendt - Equipe SIS.Saúde
Fonte: New Engand Journal of Medicine

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