Pesquisa (“estudo IMPACT”) realizada com pacientes de 25 países revela discriminação no ambiente de trabalho, devido às necessárias faltas periódicas, e o fim de relacionamentos pessoais, como alguns dos impactos negativos das DII na vida de seus pacientes. Os resultados da pesquisa estão sendo divulgados pela Federação Europeia de Associações de Pacientes com Doença de Crohn e Colite Ulcerativa (EFCCA) e a Organização Europeia de Doença de Crohn e Colite (ECCO) em todo o mundo. As Doenças Intestinais Inflamatórias (DII) foram um grupo de doenças autoimunes que afetam cerca de 5 milhões de pessoas em todo o mundo.  Sabe-se que existe uma predisposição genética para as DII e seus pacientes têm maior risco para desenvolvimento de malignidades.  Sua cura ainda é desconhecida.

A pesquisa revela ainda que  um quarto dos entrevistados relataram que vivenciam reclamações e comentários desagradáveis em seu ambiente de trabalho e 40% informou que a doença  foi a responsável pelo fim de relacionamentos íntimos. Outros importantes achados da pesquisa incluem tempo médio até o diagnóstico; número de hospitalizações (cerca de 85% dos pacientes serão submetidos à cirurgia em algum momento em suas vidas); efeitos negativos nos relacionamentos pessoais, acarretando perda significativa da qualidade de vida.

Apesar as DIII se manifestarem em pessoas de todas as idades, vem aumentando o diagnostico entre os 20 e 40 anos de idade – e apesar de não serem hereditárias, a sua ocorrência é mais frequente  em parentes.  O diagnóstico começa pela identificação dos sintomas e inclui testes laboratatoriais e de imagem, além de biopsias quando necessárias. Apesar de não ter cura, estas doenças podem ser bem controladas quando diagnosticadas em seu inicio.

Os três principais tipos da doença. Doença de Chron, Colite Ulcerativa e Colite os três principais tipos de DII – sendo os dois primeiros os mais graves:

- Chron é uma doença grave do trato gastrointestinal e pode afetar qualquer segmento do trato gastrointestinal – da boca ao ânus, apesar de geralmente afetar a parte final  do intestino delgado ou íleo. A doença se manifesta em surtos de diferentes intensidades e duração. Sintomas mais comuns: baixo apetite, febre, suor notuno, dor retal e, em alguns casos, hemorragia retal com dor abdominal, diarreia, perda de peso.  Alem dos sintomas internos, podem surgir sinais externos, como inflamcao e dor nas juntas, lesoes na pele, inchaço dos olhos e fígado, além de cansaço, anemia e atraso do crescimento.

- Colite Ulcerativa afeta o intestino grosso e em média as pessoas são diagnosticadas por volta dos 35 anos – apesar de ser uma doença que pode surgir aos 5 anos de idade.  Seus sintomas podem aparecer e desaparecer de tempos em tempos – os surtos podem ser dolorosos e severos. Entre as complicações mais comuns incluem-se hemorragia, perfuração do intestino e distensão abdominal.

Tratamentos

- Casos graves podem requerer cirurgia para remoção do segmento do intestino afetado. 

- Outros tratamentos pode incluir tratamento medicamentoso em diferentes formatos durante os períodos de atividade da doença, como agentes biológicos (anticorpos monoclonais), além da adoção de hábitos saudáveis por toda vida.