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Conselho quer 100% de precisão no diagnóstico de fetos sem cérebro
 
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16/04/2012

Conselho quer 100% de precisão no diagnóstico de fetos sem cérebro

STF legalizou aborto de anencéfalos; CFM definirá critério para diagnóstico. Segundo dirigente, é possível fazer detecção totalmente precisa

O vice-presidente do Conselho Federal da Medicina, Carlos Vital, afirmou na última sexta-feira (13) que é possível alcançar 100% de precisão no diagnóstico de fetos anencéfalos (sem o cérebro ou grande parte dele).

Um dia depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de legalizar a interrupção da gravidez de anencéfalos, o conselho anunciou a criação de uma comissão para apresentar em até 60 dias critérios normativos para o diagnóstico desses casos. O objetivo é padronizar as formas de detecção da deficiência e garantir que não haja erros.
 
“É possível buscar 100% de precisão no diagnóstico de anencefalia. Queremos elaborar critérios seguros, bem definidos para esse diagnóstico”, afirmou. Ele ressaltou que a ultrassonografia é um exemplo de instrumento de diagnóstico preciso.
 
Com a decisão do STF, as grávidas de fetos com anencefalia poderão optar por interromper a gestação com assistência médica e sem risco de serem penalizadas.
 
A comissão criada pelo Conselho Federal de Medicina definirá agora, por exemplo, quais especialistas poderão analisar as imagens feitas pelo ultrassom; se será preciso outro exame de confirmação; o período ideal de gestação para garantir o diagnóstico; e quantos médicos devem fazer as avaliações.
 
De acordo com Carlos Vital, crianças com má formação do cérebro que sobrevivem por anos não possuem anencefalia. “Os diagnósticos de anencefalia, quando precisos e corretos, não  permitem uma sobrevida prolongada”, declarou.
 
Segundo ele, os fetos anencéfalos possuem “troncos encefálicos insuficientes para suas funções”. “A imensa maioria dos anencéfalos (75%) morre no útero. Os outros 25% nascem, sendo que a maioria [desses] vive até 24 horas [depois] do parto. Alguns, vivem por poucos dias”, afirmou.
 
Nesta quinta, os pais de uma criança de 2 anos com diagnóstico de anencefalia compareceram ao julgamento do Supremo para protestar contra a legalização do aborto de fetos sem cérebro. A mãe do bebê, Joana Croxato, disse que ele tem sentimentos e reage quando recebe carinho e comida. Para Carlos Vital, essa criança foi mal diagnosticada e não se enquadra nos casos de fetos anencéfalos.
 
Descriminalização do aborto
 
O vice-presidente do Conselho Federal de Medicina afirmou ainda que o plenário da entidade vai discutir pela primeira vez, em junho, a descriminalização do aborto de forma geral. Segundo ele, o conselho agora “está maduro” para debater o tema.
 
“Vamos debater a questão da descriminalização do aborto. É preciso deixar claro que quando se discute o aborto, se trata de descriminalização e não de permissão absoluta da prática ou de obrigatoriedade da realização do aborto. É preciso fazer essa discussão”, afirmou.

Autor: Nathalia Passarinho
Fonte: G1

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