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Corações infantis
 
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08/06/2009

Corações infantis

Não é aceitável o fechamento de uma entidade cujo propósito é apenas o de aliviar o sofrimento de centenas de crianças cardiopatas e seus familiares

O fechamento definitivo do Instituto do Coração da Criança e do Adolescente (Incor Criança) - uma entidade sem fins lucrativos, voltada para a prevenção, diagnóstico e tratamento de crianças e adolescentes portadores de doenças cardíacas – voltou a pairar como uma ameaça real no cenário médico cearense. Já, praticamente, há um ano sem poder contribuir para o alívio da fila de centenas de crianças necessitadas de cirurgia cardíaca e outros tratamentos do coração, agora, se vê na iminência de fechar o próprio ambulatório, o que causa aflição a pais e especialistas que atendem esses pequenos pacientes.

Foi em 2003 que um grupo formado por profissionais da área, familiares de pacientes e integrantes do movimento Amigos do Coração resolveu criar a entidade, com o objetivo de minimizar a fila de espera por atendimento no Hospital do Coração de Messejana e no Hospital Albert Sabin. Evidentemente, sem pretender substituí-los nessa tarefa, mas, sim, cooperar no desafogamento da demanda excessiva desses hospitais, oferecendo a essas famílias carentes (com apoio da sociedade civil e do poder público) uma alternativa de serem aliviadas de uma espera longa, incerta e estressante.

Através de ajuda governamental e doações privadas, a equipe do Incor Criança realizava cirurgias em hospitais conveniados. Contudo, os recursos recebidos não eram suficientes para bancar as despesas hospitalares, e as cirurgias foram suspensas. Continuou em funcionamento o ambulatório, oferecendo consulta médica, exames especializados. Para as famílias de pacientes provindos do Interior, a entidade mantém uma unidade de apoio - a Casa da Criança Cardiopata -, para acolhê-las e, dar-lhes acomodação, alimentação, apoio social e atendimento terapêutico ocupacional e psicológico.

Apesar de entendimentos com a Prefeitura de Fortaleza e o Governo Estadual, os recursos prometidos não chegaram ou não foram suficientes, e o ambulatório estava sendo bancado pela própria equipe, há quase um ano. Isso agora chegou ao fim por falta absoluta de meios.

Contar com uma equipe especializada desse nível – sobretudo na área neonatal – é um privilégio que poucos estados têm. O bom senso recomendaria que esse esforço fosse apoiado e os profissionais engajados no projeto pudessem oferecer seus préstimos para aliviar a demanda excedente dos dois hospitais principais, aliviando o sofrimento e angústia das crianças e seus familiares. Deixar que uma obra dessas vá abaixo é um absurdo tão inaceitável que chega às raias da obtusidade. Mais uma vez – dando voz a centenas de famílias angustiadas – este jornal apela à sensibilidade dos que podem dar uma solução a essa causa tão justa.
 


Autor: Redação
Fonte: O Povo Online

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