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Endometriose é tema de Campanha da Saúde Reprodutiva
 
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08/06/2009

Endometriose é tema de Campanha da Saúde Reprodutiva

A doença pode causar infertilidade e é imperceptível

Dor intensa no período menstrual, que pode ser confundida com uma cólica forte, é o principal sintoma da Endometriose. O ginecologista da área de reprodução humana e diretor do Centro de Reprodução Humana Curitiba, Dr. Ricardo Beck, afirma que na maioria dos casos a doença é diagnosticada apenas quando a mulher deseja engravidar e encontra dificuldades. A Endometriose e outros fatores de risco para a fertilidade são o tema da 2ª Campanha da Saúde Reprodutiva, que será realizada pelo Centro de Reprodução Humana Curitiba, no dia 19 de junho, das 10h às 16h, na Boca Maldita.

Dados da Associação Brasileira de Endometriose (ABEND) apontam que a doença afeta uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva. Segundo o Dr. Ricardo Beck, estudos internacionais indicam que cerca de 30% das mulheres que não conseguem engravidar têm Endometriose. “Com o tempo, a cólica forte se torna contínua por todo o ciclo e a doença pode causar infertilidade”, alerta o médico.

A endometriose consiste na presença (deslocamento) do endométrio - tecido que recobre a cavidade do útero -, fora do seu local de origem, um problema que afeta principalmente o ovário. “A doença pode evoluir para tumores pélvicos, que são cistos espessos nos ovários, chamados de endometriomas. Entretanto, na maioria dos casos, a endometriose pode ser controlada e é possível que a mulher tenha uma gestação normal”, considera Dr. Ricardo.

De acordo com o ginecologista, acredita-se que fatores genéticos, imunológicos, hormonais e também a menstruação retrógrada (quando fragmentos do endométrio, que deveriam ter sido eliminados, refluem pelas trompas durante a menstruação) estejam relacionados à origem da doença.

Diagnóstico e tratamento

Para o diagnóstico, é feito o exame de videolaparoscopia, que possibilita visualizar órgãos como o útero, as trompas e os ovários. “Este método permite que o tratamento seja feito com cauterização ou até a retirada dos miomas, se existirem”, explica.

Em alguns casos, o tratamento pode ser feito com o uso de analgésicos, anticoncepcionais hormonais de uso contínuo e os medicamentos chamados análogos de GnRH - hormônios que regulam o sistema reprodutor e mantêm a mulher sem menstruar. “Há mulheres que engravidam após a laparoscopia, outras depois de realizar o tratamento com os análogos do GnRH e, caso essas alternativas não permitam que ela engravide, a opção é a fertilização invitro, que tem bons resultados”, salienta. “Primeiramente é fundamental avaliar o planejamento do casal que pretende engravidar. Antes de tratar a Endometriose ou mesmo recorrer a uma cirurgia, é indicado que o casal seja encaminhado a um centro de reprodução humana.”, recomenda o Dr. Ricardo Beck.

O ginecologista acrescenta que alguns cuidados podem ajudar a controlar os sintomas da doença. “A atividade física e uma alimentação saudável, pobre em gorduras, pode melhorar a qualidade de vida das mulheres”, completa.

Protegendo a saúde reprodutiva

A campanha mostra também que é possível proteger a saúde reprodutiva muito antes de se pensar em ter filhos. Os cuidados são praticamente os mesmos que se deve ter para garantir uma vida saudável: alimentação equilibrada e exercícios físicos – para evitar a obesidade, não fumar e usar preservativos nas relações sexuais, evitando doenças sexualmente transmissíveis.

Segundo o ginecologista, além da idade, outros fatores interferem na fertilidade feminina, como as doenças sexualmente transmissíveis, estresse, exposição à poluição e a substâncias tóxicas e, principalmente, o tabagismo. Nos homens, além de todos esses fatores, o hábito de manter-se por longos períodos sentado contribui para a infertilidade.

Dados médicos sobre a capacidade reprodutiva: a capacidade reprodutiva das mulheres entre 30 e 35 anos reduz de 15 a 20%. A possibilidade é ainda menor entre 35 e 39 anos, quando as chances caem de 25 a 50%, e entre 40 e 45 anos, que pode chegar a 95%. Já os homens apresentam uma redução natural pelo envelhecimento, principalmente a partir dos 40 anos. 

 

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Autor:
Fonte: Expressa Comunicação

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