
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em conjunto com a comissão de DST/AIDS do Conselho Municipal de Saúde, em parceria com o Departamento Nacional de DST/AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, realizou o 1º Seminário de Comunicação em Saúde – Construindo novas estratégias em resposta à epidemia de HIV/AIDS. Realizado nos dias 19 e 20 de abril, na Capital, o evento é resultado de uma construção conjunta entre a comissão de DST/AIDS do Conselho Municipal de Saúde, a Coordenação de DST/AIDS e a Assessoria de Comunicação da SMS.
Mesas de debates foram formadas no intuito de buscar um denominador comum entre gestão, sociedade civil e agências de comunicação. O primeiro painel teve como mediador o representante do Departamento Nacional de DST/AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mauro Siqueira, e os convidados a representante da Agência de Publicidade Matriz, Heloisa Cotta, o professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Rodrigo Portes, e o diretor da Agência Escala, Alfredo Fedrizzi, que trataram sobre as possibilidades de comunicação de massa.
Propaganda - Fedrizzi explicou que as campanhas publicitárias estão erradas quando dão vários recados de uma só vez, numa mesma propaganda, pois dessa maneira o consumidor não irá absorver a mensagem transmitida da melhor forma. "As agências devem ter criatividade para fazer as pessoas pararem e prestarem atenção no que estão vendo. Outro equívoco é não tratar do assunto permanentemente. Campanhas contra a AIDS são feitas apenas na época do carnaval, por exemplo", disse. Segundo o publicitário, a mobilização nas redes sociais está cada vez maior. Os canais alternativos ajudam a construir diálogos com o público, introduzindo a mensagem e ajudando a convencê-lo. Ao final da palestra, ele disse que o evento foi uma ótima iniciativa do governo, pois é uma troca de conhecimento entre todos, uma maneira de esclarecimento, crescimento e aprendizado.
Dando prosseguimento ao evento, a segunda mesa falou sobre a Campanha Travestis. A discussão sobre a efetividade de campanhas segmentadas e dirigidas contou com a participação da travesti Marceli, que contou como foi criar a campanha para o Dia da Visibilidade das Travestis 2010, ocorrida no dia 29 de janeiro desse mesmo ano. "Realizamos uma oficina de criação com 16 travestis de todo o país, por três dias, em Brasília. Houve discussão sobre a inserção social através da autoestima e identidade própria", afirmou. O objetivo geral era disseminar o conhecimento, combater a violência e o preconceito. "Pela primeira vez, uma campanha foi criada pelo próprio público-alvo e disseminada pela Internet, além de adesivos, folders, cartazes, busdoor e outros mobiliários urbanos", explicou.
O Seminário de Comunicação em Saúde tem como objetivo principal construir um novo briefing, novas estratégias e uma nova visão de comunicação para o tema, instigando novas práticas no trabalho de prevenção às DST/AIDS, no combate ao preconceito e na melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem e convivem com essas doenças.