
Um relatório divulgado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) na última quarta-feira (2) apontou que o Brasil ocupa a 10ª posição em números absoltos no ranking de nascimentos prematuros. Por ano, o País registra 279,3 mil partos antecipados, o que representa 9,2% do total de nascimentos.
Ainda segundo o levantamento da OMS, a taxa de nascimentos prematuros do Brasil é igual a da Alemanha e inferior a dos Estados Unidos, que está na faixa de 12% de bebês nascidos antes da hora. O levantamento contou com diversas fontes e não apenas com dados oficiais, como agências da ONU (Organização das Nações Unidas) e ONGs (Organizações não Governamentais).
Dados do Sinasc (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos) do Ministério da Saúde mostram que o percentual de nascidos vivos prematuros em 2010 foi de 7,1%, o que corresponde a 204.299 nascidos vivos de mães com menos de 37 semanas de gestação.
De acordo com o órgão, o aumento dessas taxas foi um dos motivos que levou ao lançamento, no ano passado, a estratégia Rede Cegonha. O programa visa a organizar o cuidado às gestantes por meio de uma rede qualificada de atenção obstétrica e neonatal.
Motivos
De acordo com o relatório da OMS, nos países mais desenvolvidos, o crescimento do número de nascimentos prematuros está ligado ao número de gestantes mais velhas e ao aumento no uso de medicamentos para a fertilidade, que consequentemente resulta em gravidezes múltiplas.
Segundo o Ministério da Saúde, induções médicas desnecessárias e cesarianas antes do tempo têm também aumentado o número de nascimentos prematuros. Em muitos países de baixa renda, as principais causas de nascimentos prematuros incluem infecções, malária, HIV, e altas taxas de adolescentes grávidas.