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Tratamento de hepatite C
 
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20/05/2012

Tratamento de hepatite C

Estudos desenvolvidos pela ABBOTT mostrou resultados positivos com medicamentos de ação antiviral e sem uso de interferons

Em dois estudos, os pacientes foram tratados com o novo inibidor de protease ABT-450, em diferentes combinações, mas sem o uso de interferon.

Mais de 90% dos pacientes portadores de Hepatite C participantes dos estudos e tratados com um medicamento ainda em fase de estudos, ABT-450, mantiveram resposta antiviral durante as 12 semanas iniciais (estudo Co-Pilot) e 91% obteve e manteve resposta viral por mais 24 semanas e 82% manteve a resposta por mais 36 semanas (estudo “Pilot”). O regime de tratamento não incluiu uso de interferons, considerada terapia padrão, e em ambos os estudos, foram incluídos pacientes adultos, virgens de tratamento.

O ABT-450 é um inibidor da protease, em fase de desenvolvimento, e foi descoberto pela ABBOTT durante uma pesquisa conjunta com a empresa farmacêutica Enanta sobre inibidores de protease. O ABT-450 é combinado com outro inibidor de protease, o ritonavir (ABT-450/r), também desenvolvido pela ABBOTT, para a potencialização de suas propriedades farmacocinéticas. O ABT450 também está sendo desenvolvido em combinação com inibidores de polimerase não nucleotídeos (ABT-333 e ABT-072) e inibidor de NS5A (ABT-267).

Tratamentos antivirais de ação direta para hepatite C, como inibidores de protease e inibidores de polimerase não nucleotídeos, podem vir a aumentar o número de pacientes nos quais o vírus pode ser erradicado – principalmente aqueles que não podem (ou não são elegíveis para) usar interferons, devido a contraindicações ou pelos seus efeitos adversos, que podem se manifestar com sintomas semelhantes a uma gripe, além de depressão e insônia.

"As taxas de resposta viral sustentada são bastante encorajadoras, pois não existem no momento opções de tratamento para os pacientes com hepatite C que não podem ser tratados com interferon”, afirmou o médico Eric Lawitz, diretor médico do Centro de Pesquisa Médica Alamo, em San Antonio, EUA, e principal pesquisador do estudo Pilot. "Estes dados demonstram que um regime combinado de tratamento por 12 semanas, com antivirais de ação direta, pode oferecer altas taxas de cura, sem o uso de interferon”.

“Ao analisarmos os dados de resposta em longo prazo de regimes de tratamento de pacientes com hepatite C sem interferon, ficamos bastante encorajados pelos níveis de resposta sustentada que estamos tendo em pacientes virgens de tratamento e em pacientes que não responderam adequadamente a tratamentos anteriores”, afirmou o médico Fred Poordad, chefe de Hepatologia do Centro Médico Cedars-Sinai, de Los Angeles, e o principal pesquisador do estudo Co-Pilot. “Estamos tendo este nível de resposta sustentada com apenas 12 semanas de tratamento, o que corrobora a meta de lançar um tratamento oral, que combine medicamentos de ação antiviral direta, sem interferon, como uma importante opção terapêutica para hepatite C”.

Durante o estudo, os efeitos adversos mais frequentes com a nova medicação foram dor de cabeça (36%), cansaço (27%) e pele seca (92%). Em geral, estes efeitos manifestaram-se de forma leve e não houve desistências de pacientes do estudo por esse motivo.

"A Abbott tem orgulho de apresentar alguns dos primeiros dados sobre resposta viral de um regime de tratamento livre de interferon para hepatite C”, afirmou o médico Scott Brun, vice-presidente da Divisão de Pesquisa e Desenvolvimento em Doenças Infecciosas da Abbott. “Com um portfólio de pesquisa que inclui múltiplos tratamentos antivirais de ação direta, a Abbott tem a capacidade de rapidamente estudar uma variedade de regimes combinados de tratamento para hepatite C, sem interferon, para determinar quais dessas combinações têm o maior potencial de ajudar o maior numero de pacientes”.

Virus da Hepatite C - A hepatite crônica, desenvolvida pelo vírus da hepatite C (HCV), é uma doença do fígado, que afeta mais de 170 milhões de pessoas em todo o mundo. O HCV é transmitido por contato direto com o sangue de uma pessoa infectada e aumenta o risco de uma pessoa de desenvolver doença hepática crônica, cirrose, câncer de fígado e morte.

Pesquisas ABBOTT - Além de sua parceria com a Enanta para o desenvolvimento de inibidores de protease, incluindo o ABT-450 e as combinações de tratamento que contenham o ABT-450, a ABBOTT tem programas internos com foco em outros alvos virais. Atualmente, pesquisa medicamentos com três diferentes mecanismos de ação, incluindo inibidores de protease, de polimerase e de NS5A. Os novos compostos são estratégicos e podem vir a transformar as práticas atuais de tratamento pela redução do tempo de terapia, melhora da tolerabilidade do tratamento e aumento das taxas de cura.

A ENANTA PHARMACEUTICALS, que participa da pesquisa do ABT-450 com a ABBOTT, é uma empresa de pesquisa e desenvolvimento, voltada para a descoberta de medicamentos de moléculas pequenas no campo de doenças infecciosas. Além das pesquisas com novos inibidores de protease, a empresa criou uma nova classe de antibióticos, chamada de biciclolidos, que supera a resistência de bactérias. Na área de antibactericidas, entre suas pesquisas e produtos incluem-se medicamentos contra supervirus resistentes, tratamento de infecções do trato respiratório, além de desenvolvimento de medicamentos intravenosos e de uso oral contra infecção hospitalar e infecção por comunidades virais ultrarresistentes (MRSA). Enanta é uma empresa privada sediada em Watertown, Massachusetts.

A Abbott é uma empresa global, diversificada da área da saúde, dedicada à descoberta, desenvolvimento, produção e comercialização de produtos farmacêuticos e médicos, incluindo produtos nutricionais, dispositivos médicos e sistemas de diagnóstico. A empresa emprega aproximadamente 91.000 pessoas e comercializa seus produtos em mais de 130 países. 


Autor: Flávia Barreiros
Fonte: SPMJ Comunicação

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