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Diminui a mortalidade materna em Canoas-RS
 
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30/05/2012

Diminui a mortalidade materna em Canoas-RS

Investimento em saúde e pré-natal são os principais motivos da queda

O Ministério da Saúde anunciou ontem um dado animador sobre a mortalidade materna no Brasil. De 2010 para 2011, entre janeiro e setembro, o índice teve uma queda de 21%. No ano passado foram registrados 1.038 casos de morte de mães em razão de complicações na gravidez e no parto, contra 1.317 em 2010. A redução é recorde no país, e coincide com o primeiro ano de funcionamento da Rede Cegonha, programa que visa assistência às mulheres e aos bebês.

Além de políticas públicas que auxiliam as gestantes, especialistas apontam que é de suma importância que a mulher procure seu ajuda quando estiver planejando engravidar. "O médico avaliará se ela tem condições, a situação da saúde em geral. E depois deve seguir as consultas periódicas, que são mensais até 32 semanas de gravidez, depois quinzenais e semanais. Uma simples infecção urinária pode acabar em óbito", explica a médica do Comitê de Investigação de Mortalidade Materna, Infantil e Fetal em Canoas, Fernanda Tassen.

Pré-natal garante segurança

Não há dúvidas que o maior aliado no combate a mortalidade materna é o exame pré-natal, feito de forma regular desde o início da gestação. De acordo com a médica do Comitê de Investigação de Mortalidade Materna, Infantil e Fetal em Canoas, Fernanda Tassen, os exames iniciais são cruciais. "É importante saber se o tipo sanguíneo do pai e da mãe" são compatíveis. Ás vezes isso pode levar o feto a óbito", avalia. O recomendado para uma gravidez tranquila é que sejam realizados ao longo da gestação pelo menos sete exames pré-natais.

Gravidez tranquila aos 40 anos

Na mesma época que comemorava seus 40 anos de idade Joice Gewehr Pereira descobriu que estava grávida. O rumo mais provável dessa história seria dizer que, como estava na considerada idade de risco para engravidar, Joice ficasse ao mesmo tempo feliz e preocupada com a notícia. Não foi isso que aconteceu. "A idade não influenciou em nada. Todo mundo falava do risco, mas eu não me importava", conta. Desde o início Joice buscou por acompanhamento médico e nunca deixou de fazer o pré-natal. Durante toda a gestação Joice teve apenas uma alteração de pressão, detectada logo pelo médico e que não trouxe maiores problemas. Agora, já com a pequena Marina nos braços, ela já faz até novos planos. "Por que não ter outro filho quando fizer 43?", indaga.

Os principais inimigos das gestantes

De acordo com a ginecologista e obstetra do Hospital Universitário Tiane Salum, a hipertensão está entre as doenças que podem levar à morte da gestante. Hipertensas podem desenvolver durante a gravidez uma pré-eclâmpsia, complicação que pode causar convulsão na hora do parto. "É o que mais mata mães ou leva a nascimentos prematuros", explica. Tiane conta que no Hospital Universitário há um grande número de intemações de gestantes com complicação na gravidez. "O município está avançando bastante em
termos de cobertura pré-natal, mas ainda precisamos melhorar. É importante que as gestantes saibam que têm prioridade nas unidades de saúde. Se não consiguirem atendimento pelo teleagendamento podem ir direto marcar nos postos", lembra.

70% fazem exame pelo menos sete vezes

Em Canoas, as gestantes encontram o exame pré-natal habitual em todas as Unidades Básicas de Saúde. Nas situações de risco a Unidade de Saúde da Mulher e o ambulatório do Hospital Universitário contam com o pré para alto risco. Nesse caso, já tendo um acompanhamento, a gestante terá mais tranquilidade e segurança caso surja alguma complicação, já que os médicos estão a par de todo diagnóstico. De acordo com a médica Fernanda Tassen os indicadores em relação a grávidas de Canoas hoje é positivo. De todas que utilizam a rede básica para algum acompanhamento, desde a ecografia até constantes consultas médicas, 70% fazem sete ou mais pré-natais. "Notamos que o número de mortalidade materna vem diminuindo bastante nos últimos anos. Os casos ainda são menores do que os de óbitos infantis", conta.

Atendimento direcionado

Em Nova Santa Rita, as gestantes encontram apoio no Posto de Saúde. Elas são acompanhadas desde o início da gestação até o parto, quando são encaminhadas para Canoas. "Pegamos toda a idade fértil e também o atendimento pré-natal. O nosso hospital de referência é o Hospital Universitário", explica a secretária de Saúde, Carla Zílio. Segundo ela, na cidade os índices do mortalidade materna são baixíssimos, e não há casos recentes.

REDUÇÃO EM TODAS AS CAUSAS DE ÓBITOS

Além da expressiva redução no índice de mortalidade materna, o Ministério da Saúde destaca que o momento é histórico também porque de 1990 a 2010,0 indicador caiu pela metade. São 68 óbitos para cada 100 mil habitantes contra 141 dos anos 90. Nesses novos índices apontados ontem, a queda aparece em todas as causas diretas de mortalidade materna: hipertensão arterial (66,1%); hemorragia (69,2%); infecções pós-parto (60,3%); aborto (81,9%); e doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, parto ou pós-parto (42,7%). "Nosso esforço é para impedir mortes maternas evitáveis, em parceria entre o governo federal, os estados e os municípios", destaca o ministro da Saúde Alexandre Padilha.

O QUE É A REDE CEGONHA

A Rede Cegonha, lançada pelo governo federal no ano passado já repassou 2,5 bilhões de reais para qualificar a assistência a mulher e ao bebê.

Atualmente o programa atende 36% das gestantes do Sistema Único de Saúde no país.

O programa atua através da criação de leitos; Centros de Parto Normal; Casas da Gestante, do Bebê e Puérpera; o direito ao acompanhante no parto; exames de pré-natal; planejamento familiar, acompanhamento das crianças até os 2 anos de idade, entre outras ações.

Em 2011, 1,7 milhão de mulheres fizeram no mínimo as sete consultas pré-natais em todo o território nacional. 


Autor: Redação
Fonte: Diário de Canoas

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