Um estudo com a finalidade de examinar a relação entre a depressão e a solidão em pessoas idosas e possíveis fatores associados foi conduzido por Aylaz, Aktürk, Erci, Öztürk e Aslan (2012). A pesquisa, cuja metodologia foi descritiva e correlacional, contou com a participação de 913 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, residentes na cidade de Malatya, Turquia. A maioria dos participantes (55,6%) era do sexo masculino, sendo que 67,1% eram casados.
Os pesquisadores utilizaram um dos instrumentos mais utilizados no mundo para a verificação de sintomas de depressão em idosos, a Escala de Depressão Geriátrica (GDS), bem como um instrumento específico para a avaliação da solidão (UCLA Loneliness Scale - ULS). Dentre os achados, destaca-se a correlação significativa encontrada entre a solidão e a depressão, indicando que quanto mais o idoso declara-se solitário, mais sintomas de depressão ele apresenta. Por outro lado, o casamento e uma escolaridade mais elevada mostraram-se fatores protetivos ao aparecimento de sintomas de depressão durante a terceira idade.
Os pesquisadores destacam que, devido às condições de vida nas cidades modernas, como as obrigações econômicas e o tempo limitado, os familiares e amigos próximos podem não fornecer o apoio adequado para pessoa idosa. Assim, surge o sentimento de solidão e, por consequência, a sintomatologia depressiva. As implicações do estudo sugerem que os médicos e demais profissionais da saúde introduzam, no cotidiano de avaliação do idoso, medidas que objetivem mensurar a ocorrência de sintomas de depressão e também a sua correspondência com índices como o de solidão.
Referência
AYLAZ, R., AKTÜRK, Ü., ERCI, B., ÖZTÜRK, H., ASLAN, H. Relationship between depression and loneliness in elderly and examination of influential factors. Archives of Gerontology and Geriatrics, no prelo, 2012.