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Técnica diminui em 50% mortalidade de idosos com calcificação da valva aórtica
 
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12/06/2012

Técnica diminui em 50% mortalidade de idosos com calcificação da valva aórtica

O estudo acompanhou, nos últimos dois anos, 358 pessoas submetidas ao implante e o resultado foi extremamente satisfatório

Uma nova técnica para o tratamento de estenose aórtica, que é a calcificação da valva cardíaca, traz esperança para um terço dos idosos com mais de 75 anos. O implante de uma bioprótese aórtica, através de um cateter, substitui a cirurgia invasiva, não recomendada para pacientes idosos que apresentam alto risco para a cirurgia. O estudo sobre o implante por cateter, que comprova a eficiência do procedimento principalmente em pacientes com média de idade de 82 anos e de alto risco cirúrgico, foi apresentado no XXXIII Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo - SOCESP – como um trial, seção que determina como será a conduta médica a partir daquele encontro.

O Estudo Partner acompanhou, nos últimos dois anos, 358 pessoas submetidas ao implante e o resultado foi extremamente satisfatório. A nova técnica diminuiu a mortalidade dos pacientes em 50%. Em todos os casos, os idosos estavam impossibilitados de receber tratamento cirúrgico convencional e eram submetidos apenas ao tratamento clínico. “Muitos portadores da estenose da valva aórtica apresentam uma saúde frágil, devido à idade avançada. Alguns já superaram um câncer ou sofrem de problemas pulmonares, portanto não resistiriam à cirurgia invasiva para troca da valva ou retirada do cálcio”, explica Flavio Tarasoutchi, que vai discutir os resultados deste estudo com diversos especialistas presentes no Congresso da SOCESP, em São Paulo.

Segundo Tarasoutchi, a estenose aórtica está virando uma epidemia, uma vez que as pessoas estão vivendo mais. “A população está envelhecendo e a calcificação faz parte do envelhecimento natural da válvula. O cálcio dificulta a abertura da valva e o paciente sofre com falta de ar, dor no peito tipo (angina) e tontura. E corre risco de morte súbita”, explica.

A conclusão do Estudo Partner mostrou que o procedimento de implante é tão eficiente quanto à cirurgia, não indicada para pacientes de alto risco. E a partir de agora, a nova técnica deveria estar disponível para todos que apresentam indicação. “Nosso próximo desafio é trazer a técnica para a rede pública. Atualmente apenas a cirurgia tradicional é feita pelo SUS”, ressalta Flavio Tarasoutchi.
Nos próximos trinta anos, o Brasil terá três milhões de pessoas com estenose aórtica importante, que precisarão de tratamento cirúrgico ou implante. “Depois de dois anos de pesquisa, o estudo Partner mostrou que o implante veio para ficar. Quanto mais tempo, mais credibilidade”, comemora o especialista.

Dados Estatísticos

O envelhecimento da população é um fenômeno mundial. No Brasil, de acordo com censos populacionais e projeções realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que, nas próximas 3 décadas, a população acima de 75 anos represente aproximadamente 10% do total populacional. Por outro lado, aproximadamente 3% da população acima de 75 anos de idade apresenta estenose aórtica (EAo) grave por calcificação. “Esta alta prevalência de EAo em idosos, somada ao envelhecimento de nossa população, faz com que consideremos esta doença valvar como uma questão de saúde pública, aumentando ainda mais o interesse em seu estudo” conclui Flavio Tarasoutchi. 


Autor: Vanessa Brauer
Fonte: DOC Press

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