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Catarata: 25% dos portadores ficam cegos
 
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15/06/2009

Catarata: 25% dos portadores ficam cegos

Estudo mostra que no Brasil 1 em cada 4 portadores de catarata fica cego por falta de informação e medo da cirurgia

A catarata, opacificação do cristalino, é a maior causa de cegueira curável que vem crescendo no mundo todo com o aumento da expectativa de vida da população. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a incidência anual da doença seja de 0,3%. Baseado nisso, o último relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) aponta a necessidade de realizar 552 mil cirurgias de catarata ao ano no País. A única forma de evitar a perda total da visão é através do implante de uma lente que substitui o cristalino, mas no Brasil ainda fica cego 1 em cada 4 portadores da doença por falta de informação e medo da cirurgia.

É o que mostra um estudo feito pelo oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, com 184 pacientes com idade entre 60 e 84 anos nos últimos 15 meses. Dos 25% (46 pacientes) que já chegaram cegos à avaliação médica, todos tinham mais de 75 anos. Desses, cerca de 70% (32 pacientes) não enxergavam com um dos olhos, enquanto outros 30% (14 pacientes) estavam cegos dos dois olhos. Exames clínicos realizados durante o estudo indicaram diabetes em 15% dos participantes, colesterol alto em 17% e hipertensão em 20%. Segundo Queiroz Neto, além do envelhecimento, estas doenças facilitam a progressão da catarata e por isso sinalizam necessidade de exame de vista anual a partir dos 50 anos. Outros fatores de risco destacados pelo médico são:

  • Exposição ao sol sem proteção ocular
  • Rotina estressante
  • Sedentarismo
  • Maus hábitos alimentares
  • Tabagismo
  • Ingestão diária de bebida alcoólica
  • Traumas oculares

 

Dos que só procuraram o especialista quando já tinham perdido a visão, 62% apontaram a crença de que a perda da visão é um processo natural do envelhecimento sem solução, como motivo para adiar a cirurgia. Outros 37% afirmaram ter medo de sentir muita dor e até perder a vida durante o procedimento.

O médico diz que não há motivos para temer a cirurgia. Hoje, observa, o procedimento é minimamente invasivo, rápido, indolor, as atividades podem ser retomadas em 24 horas e por ser feito com anestesia tópica (com colírio) o risco de à vida é inexistente. Além disso, explica, quanto mais o procedimento é adiado, maior é a rigidez do cristalino o que dificulta a extração e aumenta o risco de complicações cirúrgicas. Por isso, afirma, é importante saber identificar a doença e procurar o médico para evitar a cegueira.

Os primeiros sinais da catarata são:

  • Alteração da capacidade de enxergar com pouca luz
  • Dificuldade para dirigir à noite
  • Troca frequente do grau dos óculos
  • Perda da visão de cores e contraste
  • Enxergar halos noturnos em volta da luz

Queiroz Neto afirma que além de dificultar as atividades diárias, a opacificação do cristalino diminui a visão de profundidade que facilita quedas e leva à depressão muitos dos portadores de catarata.  A última geração em lentes intra-oculares lançada este ano, ressalta, ganhou uma zona óptica para perto maior. Isso permite regular a quantidade de luz que chega à retina. Esta modificação, explica, aumenta a visão intermediária e de profundidade, resultando em menor fadiga visual no computador.  A nova lente corrige simultaneamente a catarata,  presbiopia, miopia até 14 graus, astigmatismo até 8 graus, além de eliminar aberrações oculares que aparecem com a idade. Significa mais segurança no volante, aumento da visão de cores e contraste. Ele diz que o resultado da cirurgia é bastante previsível, mas o sucesso depende de completa bateria de exames clínicos e biometria de imersão que aumenta em 5 vezes a precisão do cálculo da lente.

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Autor: Eutrópia Turazzi
Fonte: LDC Comunicação

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