
Um grupo de 19 mulheres, vivendo com HIV/Aids, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, participa, desde a última segunda-feira, 18, até sexta-feira, 22, em Porto Alegre, da 6ª Oficina do Projeto Saber para Reagir em Língua Portuguesa. O encontro, apoiado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), será aberto às 9h, no Hotel Deville Aeroporto (avenida dos Estados, 1.900, bairro Anchieta). A proposta é fortalecer o ativismo e o controle social das políticas públicas, para combater as desigualdades entre mulheres e homens e ampliar o acesso de mulheres, vivendo com HIV/Aids, a serviços de prevenção, tratamento e apoio em países onde a língua oficial é o português.
Estará presente uma líder do Cabo Verde, país africano onde, ao contrário do resto do continente, a incidência de Aids é maior entre homens do que em mulheres. No dia 21, a partir das 14h, as participantes da oficina terão um debate com gestores de saúde sobre a construção de uma agenda comum dos países para o enfrentamento da Aids.
Várias atividades continuarão sendo realizadas até o final de 2012, com o objetivo de atrair para o movimento mais de 150 mulheres líderes do Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe. A mobilização inclui a busca de oportunidades de intercâmbios e do compartilhamento de experiências. Os idealizadores do projeto esperam a elaboração de diagnósticos em cada país de forma participativa, a criação de regras legais contra Aids e de políticas de promoção da igualdade de gêneros, atuação em rede e articulação do movimento com os governos e apoio para a produção de material didático, gráfico e visual sobre Aids.
Para o diretor-adjunto do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/Aids) e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, o engajamento coletivo foi essencial para os avanços alcançados pelo Brasil como resposta à epidemia de Aids. “Reforçar capacidades de mulheres, vivendo com HIV/Aids, agrega resultados positivos na melhoria dos serviços de saúde e no combate ao estigma e à discriminação”, afirma.
O Projeto Saber para Reagir em Língua Portuguesa é realizado pelo Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP), com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (Unesco), o Departamento de DST/Aids/HV – MS/Brasil e a Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP). A oficina em Porto Alegre é apoiada também pela Coordenação Estadual de DST/Aids/HV de São Paulo e pelo Fórum de ONG/Aids do Rio Grande do Sul.