A estruturação da Rede Cegonha no Rio Grande do Sul foi tema, na última quarta-feira (20), do I Fórum Estadual da Saúde da Mulher - "Sensibilizando e Tecendo a Rede". Na abertura do evento, ocorrido na Sociedade Gondoleiros, em Porto Alegre, o secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, destacou também o trabalho realizado no combate e enfrentamento dos câncer de mama e de colo uterino. O encontro reuniu representantes dos municípios que já aderiram à Rede Cegonha no Estado, hoje presente em 375 cidades gaúchas, que representam 95% das gestantes do RS.
Segundo Ciro, "é preciso somar esforços e juntar recursos para que as ações estratégicas voltadas à saúde da mulher sejam, de fato, efetivadas e tenham resultado". Conforme o secretário, somente desta maneira é possível ter uma visão ampla sobre as diversas necessidades de atendimento. "Temos que realizar ações que atuem de maneira ampla na vida dos cidadãos, não apenas de forma isolada. A política de Saúde da Mulher não é algo isolado, em função de sua importância e abrangência", concluiu.
A secretária de Políticas para as Mulheres, Márcia Santana, procurou lembrar que esse trabalho busca a realização de um atendimento técnico de qualidade, amplo e de acolhimento das mulheres e da própria comunidade. "Em conjunto com a Secretaria da Saúde, nós assumimos este desafio de implementar políticas em prol da saúde integral das mulheres, e atenção direta a seus direitos sexuais e reprodutivos."
Entre os temas discutidos neste evento, estão a apresentação de evidências científicas das boas práticas no processo de parto e nascimento, pelo médico João Steibel, da PUCRS; a implementação da Rede Cegonha através das políticas do departamento de Ações em Saúde (DAS), pelo chefe da Seção de Saúde da Mulher do Estado, Fernando Anschau, e o compartilhamento de experiências exitosas.
A Rede Cegonha é uma estratégia do Ministério da Saúde destinada a garantir o atendimento qualificado às gestantes e crianças de zero até os seis anos. Ela prioriza a qualidade no atendimento à gestante, à consulta puerperal e pediátrica. Garante às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo. Às crianças, permite um nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudáveis.