Os postos de saúde de Porto Alegre vão receber um novo lote de vacinas contra a gripe, que serão enviadas pelo Ministério da Saúde ao Estado para repasse ao município. Com o reforço do estoque, as unidades de saúde continuarão vacinando até que as doses sejam esgotadas.
O prolongamento da campanha está sendo necessário porque a meta de imunização de pelo menos 80% da população dos grupos de risco não foi alcançada. Apenas entre os trabalhadores de saúde e indígenas o índice foi superado. A preocupação é com crianças de seis meses a 2 anos, idosos e gestantes.
Aberta dia 5 de maio, a campanha se encerraria inicialmente em 1º de junho, mas foi prorrogada até o dia 13. Foram vacinadas 226.179 pessoas, representando 83% do grupo prioritário. Nesse total, estão 21.446 crianças (o equivalente a 76,60% da meta), 9.305 gestantes (66,47%) e 157.852 idosos com 60 anos ou mais (74,50%).
Neste ano, Porto Alegre teve até agora seis casos confirmados de gripe A – um deles com óbito de uma criança de 2 anos, não vacinada e sem comorbidade (quando não há outras doenças). A criança era moradora de área de invasão. Passou por atendimento de emergência no último dia 19 e foi internada com sinais de trauma físico, prostração e problemas respiratórios. O quadro evoluiu desfavoravelmente e ela faleceu dia 25.
Proteção - Quem recebe a vacina fica protegido contra os três principais vírus de Influenza que circularam no Hemisfério Sul no ano anterior – entre eles o H1N1, causador da gripe A. Com a chegada do inverno, a proteção é importante especialmente para os idosos que, depois de vacinados, segundo levantamento do Ministério da Saúde, têm 60% menos chances de complicações graves e risco de morte reduzido em 80%. A imunização também diminui de 30% a 70% as hospitalizações por pneumonia.
No caso das crianças de seis meses a 2 anos, a importância da prevenção é reforçada principalmente porque nesta época do ano elas convivem mais em ambientes fechados, como as creches. E mesmo aquelas que estejam com o calendário de vacinação em dia devem ser imunizadas. A vacina é recomendada como segura também para as gestantes, em qualquer etapa da gravidez. Tanto que a Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Sul lançou campanha chamando a atenção para a necessidade de as mulheres grávidas se protegerem.