Estudo desenvolvido no Hospital Infantil de Cincinnati, Estados Unidos, pode ser o primeiro a mostrar uma diminuição na infecção por HPV (papilomavírus humano), bem como a redução nas taxas de infecção entre indivíduos não imunizados em uma comunidade cuja maioria dos integrantes foi vacinada.
Em 2006 e 2007, 368 jovens, com idades entre 13 e 16 anos, foram recrutadas para análise. Elas já tinham tido experiências sexuais, e nenhuma havia sido vacinada. Em 2009 e 2010, foi chamado um grupo diferente, de 409 jovens do sexo feminono na mesma faixa etária, no qual mais da metade tinha recebido pelo menos uma dose da vacina. Os pesquisadores compararam as taxas de prevalência de HPV pré e pós-vacinação. No segundo grupo, a superioridade do vírus diminuiu, em média, 58%. O decréscimo foi alto entre as participantes vacinadas (69%), mas também foi substancial para aquelas que não foram imunizadas (49%) naquele grupo.
"Duas variantes desse vírus, HPV-16 e HPV-18, causam cerca de 70% dos casos de câncer cervical. Assim, os resultados são promissores no que eles sugerem que a introdução da vacina poderia reduzir substancialmente as taxas de câncer cervical nesta comunidade no futuro", diz a autora do estudo, médica Jessica Kahn.
Embora a vacina tenha apresentado bom resultado, a prevalência de HPV (incluindo os tipos não cobertos pela vacina) no estudo foi extremamente elevada. Cerca de uma em quatro participantes já portava pelo menos uma versão do vírus.