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Arquitetura e saúde
 
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16/06/2009

Arquitetura e saúde

Conheça as tendências do setor e os aspectos essenciais a serem observados

Quando estamos falando de obras e reformas em hospitais, centros médicos, clínicas ou mesmo em consultórios, o importante é que sejam avaliadas as reais necessidades do cliente. “É fundamental que o arquiteto entenda o trabalho desenvolvido por aquele profissional e pelo estabelecimento de saúde, antes de iniciar o projeto. Só a partir daí é possível planejar uma construção ou uma reforma que atenda às expectativas de seus proprietários, funcionários e usuários e que seja realmente funcional”, explica a arquiteta Ana Paula Naffah Perez, de São Paulo.

Para tanto, a relação entre o profissional de saúde e o arquiteto deve ser a mais harmônica possível. “Essa parceria deve acontecer antes mesmo da definição do local ou do terreno onde será instalado o novo estabelecimento de saúde. As áreas necessárias para o empreendimento e a viabilidade técnica do local precisam ser discutidas em conjunto. Por exemplo, é fundamental proceder uma pesquisa de restrição e uso de solo junto à Prefeitura e verificar se a região permite a instalação de uma unidade hospitalar”, recomenda a arquiteta.

Além de uma estreita relação entre o profissional de saúde e o arquiteto, é fundamental a participação dos gestores e profissionais de facilities na concepção do projeto. “Esses dois elementos devem andar em conjunto, pois a construção civil, propriamente dita, é uma etapa relativamente fácil a ser vencida. O grande desafio é fazer o prédio funcionar, depois da inauguração, de maneira econômica e eficiente”, analisa Ana Paula Naffah Perez.

Variáveis a considerar

De acordo com a arquiteta paulista Ana Carolina M. Tabach, o projeto de saúde deve atender a alguns requisitos fundamentais, que influenciam no resultado final do estabelecimento de saúde. “O primeiro é a flexibilidade e a possibilidade de expansão, sem interferir no funcionamento das atividades que já estão em funcionamento. O projeto precisa ser imaginado com uma vida útil longa, não apenas enfocando a área física. Ele deve, por exemplo, prever um possível aumento da capacidade de atendimento e estar pronto para as prováveis expansões tecnológicas, atendendo à demanda e ao surgimento de novos equipamentos”, diz.

Outra característica que deve ser contemplada no planejamento é a racionalização dos espaços, uma vez que o valor do metro quadrado construído dessas instituições é muito mais alto do que o das áreas residenciais e corporativas. “Além de racional, o projeto tem que ser inteligente, econômico e sustentável”, defende Ana Carolina Tabach.

O controle de infecções é outro aspecto que deve ser muito discutido, pois implica em detalhes arquitetônicos importantes. “Essa é uma preocupação fundamental se a unidade de saúde realizar atividades de alta complexidade, como por exemplo, procedimentos cirúrgicos. É muito importante que se trate o ambiente cirúrgico como uma área restrita, com controle de acesso e barreiras físicas que permitam diminuir o risco de contaminações”, conta Ana Carolina.

Nos dias de hoje, não podemos deixar de considerar a humanização do ambiente. “E isso representa projetar ambientes com menos aparência de hospital, utilizando recursos de projeto, seja por meio da criação de aberturas que permitam iluminação e ventilação natural, seja pela escolha das cores nas paredes ou até por um projeto de paisagismo diferenciado”, conta a arquiteta.

Em fevereiro de 2002 foi publicada uma legislação específica que estabelece normas para construções e reformas de edifícios da área de saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem realizado treinamentos com profissionais do setor para divulgar a RDC -50 (leia integralmente aqui), que estabelece normas e orienta arquitetos e engenheiros que se dedicam a projetos específicos dentro deste tema.

Dicas na hora de fazer o seu projeto de saúde

1) O arquiteto que pretende criar uma unidade de saúde deve observar algumas questões, dentre estas, a própria dimensão da unidade. A tendência hoje é que diversas especialidades médicas estejam desvinculadas de grandes hospitais. O que se vê é o crescimento de clínicas com vários consultórios em um mesmo local. Isso é fundamental para a redução da ociosidade e do alto custo de manter essas especialidades em hospitais. “Estes locais voltados ao atendimento ambulatorial – os chamados hospitais-dia – se caracterizam pela curta permanência do paciente, até em casos de intervenções cirúrgicas. Tudo isso resulta em um custo operacional mais baixo”, conta Ana Paula Naffah Perez;

2) O tamanho mínimo de um consultório também precisa ser considerado. Recomenda-se uma área de aproximadamente 12,00 metros quadrados, prevendo local para anamnese e exame do paciente. “Outra preocupação diz respeito à iluminação das salas. Em muitos exames, existe a necessidade de black-out na sala. Esse escurecimento deve ser feito por meio de persianas ou por um sistema de dimerização, que possibilitem ao profissional de saúde regular a intensidade da iluminação, de acordo com a necessidade do exame ou do procedimento”, esclarece Ana Carolina Tabach;

3) Quanto à refrigeração dos ambientes de saúde, existem normas muito específicas para isso. “Alguns ambiente poderão contar apenas com ar-condicionado para conforto ambiental, outros ambientes deverão seguir as restrições de filtragem e volume de troca de ar específicas”, diz Perez;

4) A sala de espera de clínicas e consultórios deve ser ampla, para dar ao paciente sensação de espaço. “A sala de espera deve ser planejada para comportar, em média, quatro pacientes por consultório. Se a clínica contar com dez consultórios, por exemplo, o espaço deve possuir aproximadamente 40 lugares”, explica Tabach;

5)“É necessário também que o projeto planeje áreas destinadas ao conforto do corpo clínico. Refeitórios, banheiros e vestiários privativos, copa com frigobar e bebedouro são alguns desses recursos. O fácil acesso ao consultório também conta pontos a favor”, conta a arquiteta Ana Paula Naffah Perez;

Se você estiver em São Paulo, conheça um consultório médico diferente, na CASA COR

Com dez anos de uma trajetória profissional bem sucedida, a C+A Arquitetura e Interiores participa, pela primeira vez, da CASA COR criando um ambiente onde as tendências em arquitetura de saúde ficam evidenciadas. “O conceito do nosso espaço está baseado na própria experiência do nosso escritório. Em mais de uma década, já assinamos mais de 50 projetos de clínicas e consultórios médicos, em todo o país”, conta Ana Paula Naffah Perez.

“Nosso ambiente na CASA COR, que pode ser visitado até o dia 14 de julho, é um espaço de 38,00 m², funcional, contemporâneo, aconchegante e adaptado às legislações específicas para ambientes de saúde. Investimos tempo e dedicação... Executamos vários estudos para criar uma sala de espera e um consultório médico que apontam tendências para os profissionais de saúde”, revela a Ana Carolina M. Tabach, diretora de projetos da C+A Arquitetura e Interiores.
 


Autor: Márcia Wirth
Fonte: Excelência Comunicação em Saúde

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