A cidade de Porto Alegre (RS) excedeu a meta de vacinação estimada pelo Ministério da Saúde (MS) contra o vírus H1N1. Sem as vacinas, o município, que já registrou 31 mortes pela gripe, foi obrigado a mudar a estratégia de enfrentamento à doença.

Segundo o coordenador adjunto da vigilância em saúde da Prefeitura de Porto Alegre, Anderson Araújo Lima, a orientação é incentivar medidas preventivas na comunidade, identificar os casos suspeitos e aplicar o medicamento antiviral. " Nós equipamos todas as unidades de pronto-atendimento com uma grande quantidade do Tamiflu para que possamos evitar consequências mais complicadas para a população" , explicou.

Questionado sobre a possibilidade de novo reabastecimento, após o envio de 124 mil doses extras do Ministério da Saúde para a cidade, um mês depois do fim da campanha em outras regiões do país, Anderson Araújo diz não crer sequer em um remanejamento de doses de outros municípios, uma vez que não há mais vacinas disponíveis a nível nacional. " A informação que nós temos é de que o país não dispõe de mais vacinas. A indústria de produção de imunobiológicos não estava preparada para uma demanda tão grande. Agora temos que pensar em investir em outras armas" .

Até a última quinta-feira (12), haviam sido imunizados em Porto Alegre: 23.247 crianças, 10.194 gestantes, 42.103 profissionais, 1.048 indígenas e 163.242 idosos (86,27% do público alvo). A estimativa da prefeitura é de que o público total vacinado chegue a 320 mil pessoas, das cerca de 1,5 milhão de vivem na cidade. " Contamos com a população para tomar medidas-padrão a fim de evitarmos uma situação mais complicada nas próximas semanas, que é quando esperamos que haja o pico da doença" , disse Anderson.