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Especialistas lançam novas diretrizes médicas para o rastreamento do câncer de pulmão
 
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18/07/2012

Especialistas lançam novas diretrizes médicas para o rastreamento do câncer de pulmão

Fumantes em longo prazo devem ser examinados com frequência

Especialistas da American Association for Thoracic Surgery publicaram na última edição da revista científica The Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery, deste mês, novas diretrizes médicas para a triagem de pacientes com câncer de pulmão para uso na prática clínica, constatando que os fumantes em longo prazo requerem maiores cuidados e exames preventivos.

De acordo com os pesquisadores, o exame de RX e a citologia do escarro falham em identificar casos com câncer de pulmão em estágios iniciais, tornando necessária uma nova abordagem. Assim, uma equipe multidisciplinar revisou uma série estudos, definindo tais diretrizes.

O fumo foi considerado como o maior “vilão” para o câncer de pulmão. Pelo fato das indústrias de cigarro adicionarem componentes viciantes, na atualidade, o uso do fumo não é mais considerado como um problema autoinfligido, segundo os pesquisadores, mas é tido como um problema de saúde pública.

Além disso, os casos de pessoas “não-fumantes” com câncer de pulmão têm aumentado nas últimas décadas. Näo obstante, os pesquisadores estimaram que apenas aproximadamente 16% dos pacientes com câncer de pulmão sobrevivem mais de cinco anos, em parte porque o diagnóstico é realizado tardiamente.

Dr. Stephen Stepani, oncologista do Instituto do Câncer Mãe de Deus, comenta que essas novas diretrizes significam uma mudança de conduta médica para a detecção precoce do câncer de pulmão. “Essas diretrizes abolem os exames tradicionalmente realizados, que se mostram ineficazes em detectar a doença em estadios precoces, e recomendam que exames de tomografia computadorizada sejam efetuados em pacientes com maior risco dessa modalidade de câncer”.

O médico complementa que, inicialmente, essa nova abordagem irá requerer maiores investimentos em um exame mais sofisticado. “Como o custo de tomografias ainda é alto para os padrões nacionais, e a demanda é muito maior do que a oferta no sistema público, a implantação da tomografia computadorizada de rotina passa por uma série de dificuldades operacionais. Contudo, além de poder salvar muitas vidas, uma maior eficácia na detecção precoce do câncer de pulmão pode trazer uma economia significativa aos cofres públicos em médio prazo, mas cálculos devem ser feitos para equacionar e definir a estratégia orçamentária”.

Conforme dados do Ministério da Saúde, no Brasil, foram gastos mais de 19 milhões com o tratamento do câncer de pulmão no ano de 2011 pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse mesmo período, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, os valores gastos foram mais de 1, 3 e 4 milhões, respectivamente.

Também no ano de 2011, a taxa de mortalidade para o câncer de pulmão foi de aproximadamente 26% no Brasil, só sendo superado pelo câncer de pâncreas (29%). Portanto, o câncer de pulmão apresenta um dos maiores índices de mortalidade dentre os vários tipos de câncer.

Novas diretrizes

Rastreio anual do câncer de pulmão com tomografia computadorizada com baixa dose de radiação para fumantes e ex-fumantes entre 55 e 79 anos com 30 anos de história do uso do tabaco.

Rastreio anual do câncer de pulmão com tomografia computadorizada com baixa dose de radiação para sobreviventes em longo prazo de câncer de pulmão entre 55 e 79 anos para detectar recidiva e novos casos.

Rastreio anual do câncer de pulmão com tomografia computadorizada com baixa dose de radiação para fumantes e ex-fumantes entre 50 e 79 anos, 20 anos de uso de tabaco e comorbidade adicional, que produz um risco cumulativo de desenvolver câncer de pulmão de ≥ 5% nos próximos cinco anos.

O rastreio e o sucesso do tratamento do câncer de pulmão em estágio inicial deve contar com uma equipe de especialistas qualificados, incluindo cirurgiões torácicos, radiologistas torácicos, pneumologistas, oncologistas e patologistas.

Desenvolver um aplicativo baseado na web para uma autoavaliação de risco.

Engajamento de sociedades de especialistas com a American Association for Thoracic Surgery para desenvolver e aperfeiçoar diretrizes futuras.

Fonte das diretrizes

Jacobson FL et al. Development of The American Association for Thoracic Surgery guidelines for low-dose computed tomography scans to screen for lung cancer in North America: Recommendations of The American Association for Thoracic Surgery Task Force for Lung Cancer Screening and Surveillance. J Thorac Cardiovasc Surg. 2012 Jul;144(1):25-32.

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Saiba mais sobre o Dr. Stephen

Stephen Doral Stefani é oncologista clínico do Instituto do Câncer Mãe de Deus. Graduado em 1994 na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e com residência médica em Clínica Médica e em Oncologia Clínica (Hospital de Clínicas de Porto Alegre). Dr. Stephen fez parte de seu treinamento na University of California San Francisco (UCSF) em um programa conjunto com Stanford. No Instituto do Câncer Mãe de Deus, exerce atividades assistenciais, de ensino e pesquisa. Uma de suas áreas de mais publicações é em farmacoeconomia e estudos de desfechos. É presidente do capítulo Brasil da International Society of Phamacoeconomics and Putcome Research (ISPOR) e chair do comitê latinoamericano de políticas de saúde. Membro ativo da American Society of Clinical Oncology (ASCO).

Saiba mais sobre o Instituto do Câncer Mãe de Deus

O Instituto do Câncer Mãe de Deus foi criado em 2004, com a intenção de expandir a cultura e a tradição oncológica para outras áreas fundamentais como a radioterapia, a cirurgia oncológica, a hematologia, o banco de sangue, a psicologia, a enfermagem, a farmácia, a nutrição, a fisioterapia e todas as outras áreas que fazem parte da complexa estrutura necessária para oferecer um atendimento de ponta e abranger todas as necessidades do paciente e de sua família. Mais informações: www.institutodocancer.com.br


Autor: Jornalista Renata Appel (DRTE/RS - 13926 e 7298)
Fonte: Comunicação Mãe de Deus

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