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O Hospital Santa Isabel – HSI, unidade particular e de convênios do complexo hospitalar da Santa Casa de São Paulo, anunciou a formação do primeiro Grupo de Tratamento da Dor da instituição. O objetivo da iniciativa é estabelecer protocolos internos que visem dar mais conforto aos pacientes e evitar qualquer tipo de sofrimento desnecessário.
O diretor do HSI, Laércio Martins, explicou que tratar a dor de forma eficiente e sistematizada traz benefícios direto para o paciente e determinou que o serviço agora implantado é prioritário em todo o hospital. “Será um trabalho duradouro e para isso os protocolos serão validados por todos – equipes de especialistas e enfermagem”. Para o diretor é essencial antes de tratar, identificar a dor e medir de forma objetiva para ministrar a medicação mais adequada e completou: “precisamos promover o bem estar. As pessoas não devem sentir dor".
A implantação do Grupo contou com uma apresentação e a palestra “Manejo da Dor”, ministrada pela médica anestesista e coordenadora do Grupo, Daniela Furtado Groke. Estavam presentes no auditório do HSI, médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, farmacêuticos e diretores da instituição.
Daniela Groke explicou como mensurar e tratar a dor em escalas que vão de fraca a forte, passando por moderada. A recomendação é a utilização de analgésico simples e anti-inflamatório nos níveis mais fracos e opiódes nos patamares moderados e fortes. A especialista ainda listou as outras opções do arsenal terapêutico para combater a dor, como relaxantes musculares, neuroepiléticos, antidepressivos, anestésicos locais e corticóides, além das bombas de PCA. “A vantagem da PCA é que próprio paciente administra a dor. A bomba faz a infusões regulares, mas o usuário pode acionar aplicações extras e evita-se os picos das dores severas”, concluiu.
A coordenadora do Grupo de Tratamento da Dor do HSI apresentou o plano de ação do serviço que pretende monitorar a qualidade do atendimento de forma global em todo o hospital, desde a emergência, passando pelo pós-operatório, UTI, semi-intensiva, quartos e até a alta. “Antes do paciente deixar o hospital, ele receberá as informações claras para continuar o tratamento e também o manejo do dor em casa”.
Daniela Groke esclareceu também a repeito de questões relativas aos pacientes que não querem tomar a medicação dizendo que já estão bons. “É preciso ser didático e persistente para explicar a importância de manter a medicação regular para a melhora total e alta dentro do prazo seguro e explicar quantas vezes for necessário para pacientes e familiares”, finalizou.
O Grupo de Tratamento da Dor faz parte da CMIA – Clínica Médica Integrada de Anestesiologistas, coordenada por Luiz Piccinini Filho. O Grupo tem como integrantes, além de Piccinini e Daniela Groke, os seguintes médicos: Estael Cristina Querido Avelar, Júlia Fonzar Tannous, Pedro Ferraz de Oliveira Neto e Thiago Ramos Grigio. Todos anestesiologistas especialistas.