A União Brasileira de Avicultura (UBA), divulgou nota há pouco em que esclarece aspectos da norma aprovada (16), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para comercialização de ovos. A norma determina a obrigatoriedade, nos rótulos de todos os ovos comercializados no país, das advertências "O consumo deste alimento cru ou mal cozido pode causar danos à saúde" e "Manter os ovos preferencialmente refrigerados". Após publicação, as empresas terão 180 dias para se adaptar a nova regra. "Pretendemos alertar a população sobre procedimentos que podem ajudar a evitar a transmissão da Salmonella pelo ovo.
Essa bactéria é muito comum na casca e no interior deste alimento cru e pode causar infecções alimentares", explicou a diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito.
Na nota à Imprensa, a UBA diz entender que medidas de esclarecimento ao consumidor sobre manipulação de alimentos que contém ovos são importantes, mas contesta direcionar ao ovo a classificação de importante responsável por toxi-infecções alimentares. Também enfatiza que não há relatos técnico-científicos sobre a ocorrência de salmonela no ovo ofertado na gôndola do supermercado.
Abaixo, a íntegra da nota divulgada há pouco.
NOTA À IMPRENSA A União Brasileira de Avicultura, como entidade representativa da cadeia produtiva avícola nacional, vem a público esclarecer determinados tópicos em relação a divulgação e os reflexos de uma norma publicada pela ANVISA, que determina a obrigatoriedade, nos rótulos de todos os ovos comercializados no país, das seguintes advertências: "O consumo deste alimento cru ou mal cozido pode causar danos à saúde" e "Manter os ovos preferencialmente refrigerados": - A produção avícola brasileira é uma das mais avançadas e tecnificadas do mundo. É este exatamente o caso do ovo, uma produção com alta tecnologia empregada e excelente padrão de qualidade; - A UBA, juntamente com entidades estaduais, participou da elaboração de normas de controle e qualidade em conjunto com a ANVISA; - A UBA entende que medidas de esclarecimento ao consumidor sobre manipulação de alimentos que contém ovos são importantes e bem vindas, porém, contesta direcionar ao ovo a classificação (e imagem) de importante responsável por toxi-infecções alimentares; - A maioria dos registros relacionados às toxi-infecções alimentares foram resultados de alimentos preparados em condições de higiene inadequadas, a exemplo de maioneses caseiras e outros; -Também o estado de conservação do alimento afeta a condição sanitária do produto, por isto, é de senso comum que todo e qualquer alimento deve ser consumido somente até a data de validade especificada na embalagem. Não é diferente com o ovo; - Não há relatos técnico-científicos sobre a ocorrência de salmonela no ovo ofertado na gôndola do supermercado. O levantamento feito pelo Ministério da Saúde que embasou a norma publicada pela ANVISA tratou do contaminado baseando-se na identificação de surtos e não no contaminante analisando diretamente o produto. Em outras palavras: não existem provas científicas da ocorrência de salmonela no produto in natura, quanto menos no conteúdo do ovo; - Finalizamos lembrando que estudos recentes apontaram o ovo como um dos alimentos mais completos disponíveis, fonte de vitaminas e proteínas essenciais para a saúde humana desmistificando a antiga imagem de vilão, direcionada ao produto.
Veja também
Rótulos de ovos alertam para riscos à saúde
Confira determinações e dicas da Anvisa a respeito
Análise de agrotóxicos em alimentos realizado pela Anvisa
Aguns alimentos apresentaram índices elevados de amostras irregulares
Cuidados com a alimentação
Intoxicação por Salmonella pode causar graves danos a saúde
Saúde na mesa
Anvisa vai monitorar aspectos microbiológicos em carne de frango