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Estudo descarta ligação entre síndrome da fadiga crônica e retrovírus
 
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19/09/2012

Estudo descarta ligação entre síndrome da fadiga crônica e retrovírus

Pesquisa revela ainda que não há nenhuma evidência de qualquer causa infecciosa por trás da condição incapacitante

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Columbia, nos EUA, não encontrou nenhuma ligação entre a síndrome da fadiga crônica e os retrovírus XMRV (xenotropic murine leukemia virus-related virus) e pMLV (polytropic murine leukemia virus).

A pesquisa revela ainda que não há nenhuma evidência de uma causa infecciosa por trás da condição crônica.

O XMRV foi inicialmente ligado à síndrome da fadiga crônica, também conhecida como encefalomielite miálgica (ME), em um estudo publicado em outubro de 2009, quando foram encontrados vestígios do vírus em amostras de sangue de pacientes com a síndrome. O XMRV também tinha sido identificado previamente em amostras de pacientes com câncer de próstata.

"Não encontramos nenhuma evidência da infecção com XMRV e pMLV. Estes resultados refutam qualquer correlação entre estes agentes e a doença", afirma o coautor da pesquisa Ian Lipkin.

Síndrome da fadiga crônica, também conhecida como encefalomielite miálgica (ME), é uma condição incapacitante em que causa cansaço persistente e inexplicável, assim como fraqueza muscular, dor, problemas de memória e sono desordenado.

As possíveis causas da condição foram discutidas e pesquisadas por anos sem sucesso. Os resultados de estudos separados em 2009 e 2010, que relataram a descoberta de retrovírus no sangue de pacientes com a síndrome ofereceram esperança de que uma causa tratável para esta doença tinha sido finalmente encontrada.

Desde então, outros pesquisadores não conseguiram reproduzir os resultados desses estudos, lançando dúvidas sobre a ideia de que os vírus XMRV e pMLV podem estar ligados à fadiga crônica.

"Nós fomos em frente e criamos um estudo para testar essa teoria de uma vez por todas e determinar se podíamos encontrar pegadas desses vírus em pessoas com a síndrome da fadiga crônica ou em controles saudáveis", afirma Lipkin.

Os autores do estudo recrutaram quase 300 pessoas, 147 pacientes com a doença e 146 pessoas sem a síndrome. Os investigadores testaram o sangue retirado destes indivíduos para a presença de genes específicos para o vírus XMRV e pMLV, na forma como os estudos anteriores tinham feito. No entanto, no trabalho atual, os investigadores tiveram o cuidado de eliminar a contaminação das misturas de enzimas e produtos químicos utilizados para o ensaio, o que pode ter sido a fonte de vírus e os genes detectados nos estudos anteriores.

XMRV e pMLV são comumente encontrados em ratos, mas nunca houve um caso confirmado de infecção humana por esses vírus.

"Testamos a hipótese de XMRV / pMLV e não encontramos nenhuma correlação, mas não estamos abandonando os pacientes. Nós não estamos abandonando a ciência. A controvérsia trouxe um novo foco que irá conduzir a esforços inéditos a fim de compreender a doença e levar a melhorias na prevenção, diagnóstico e tratamento", conclui Lipkin. 


Autor: Redação
Fonte: Isaúde.net

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