.
 
 
Estudo avalia os efeitos da radiação solar na camada mais externa da pele
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


03/10/2012

Estudo avalia os efeitos da radiação solar na camada mais externa da pele

Tecidos de cadáveres de mulheres foram expostos ao sol por 60 dias. Raios UVB reduziram ligação de células e favoreceram fissuras e infecções

Pesquisadores da Universidade Stanford, nos EUA, analisaram os efeitos da radiação solar sobre a camada mais externa da pele, chamada estrato córneo. Esse revestimento do corpo, formado basicamente por queratina, protege os tecidos mais internos contra lesões e infecções, além de manter a umidade e a textura da pele.

O trabalho, liderado por Reinhold Dauskardt, foi publicado na edição desta semana da revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS).

Os cientistas analisaram o resultado da exposição aos raios ultravioleta B (UVB) – que atingem apenas a camada mais superficial da pele, deixando-a vermelha – em cadáveres de mulheres brancas, entre 22 e 81 anos. Durante 60 dias seguidos de "bronzeamento", foram observados os tecidos do abdômen e das mamas, regiões do corpo tradicionalmente menos expostas ao longo da vida.

"Se os pesquisadores vissem a área do rosto, por exemplo, não saberiam se a alteração foi anterior ou não. Como essas são áreas preservadas, meio 'virgens', dá para avaliar o quanto o sol pode romper as ligações entre as células", explica a dermatologista Márcia Purceli, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, que não participou do estudo.

A ideia dos autores era ver os prejuízos da radiação além dos já conhecidos danos relacionados ao DNA, ao envelhecimento e à incidência de câncer em quem toma sol demais sem proteção. Ao longo dos dois meses de trabalho, a firmeza da camada externa se manteve, mas foi vista uma grande redução na força de ligação (coesão) entre as células e na tensão necessária para fraturar o estrato córneo, além de mudanças estruturais na queratina e nos lipídios (gordura) presentes na superfície da pele.

O resultado sugere, segundo os cientistas, que os raios UVB afetam a nossa barreira de proteção natural, podendo levar a rachaduras, fissuras, inflamações, infecções, descamações e cicatrizes. A equipe acredita que a descoberta possa levar a um método quantitativo para determinar a eficácia de filtros solares contra os danos causados pela radiação ultravioleta.

Prós e contras do sol

Apesar de ser considerada perigosa, por favorecer o câncer de pele em humanos, a radiação solar UVB – em doses diárias adequadas, antes das 10h da manhã e depois das 16h – é essencial ao corpo para a produção de vitamina D, que se liga ao cálcio e previne doenças como a osteoporose.

Além dos raios UVB, existem os UVA, que são mais intensos, penetram profundamente na pele – na epiderme e na derme – e causam o bronzeado pós-praia ou piscina. Isso porque eles são responsáveis por pigmentar o corpo, mas também podem provocar manchas.

Um filtro com fator de proteção solar (FPS) acima de 15 protege contra os dois tipos de raios ultravioleta. Abaixo disso, pode barrar mais o UVB que o UVA.

"O papel do filtro é justamente este: evitar que a pessoa fique vermelha, mas volte para casa com a marca do biquíni ou da sunga, porque não existe bloqueio 100% contra os raios UVA. Com o protetor, o indivíduo pigmenta, mas é menos", explica a médica Márcia Purceli.

Segundo ela, os raios UVA são constantes o dia inteiro, mesmo em dias nublados, e ultrapassam o vidro de carros, as nuvens e as camadas de poluição. Já os UVB podem ser bloqueados pelas nuvens e outras barreiras físicas.

"Um não é mais perigoso que o outro, pois os dois podem provocar câncer, tanto o UVB, que dá a queimadura, quanto o UVA, que bronzeia. Além disso, quem se expõe a um acaba tomando o outro", diz a dermatologista. 


Autor: Redação
Fonte: G1 - Bem Estar

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581