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Cirurgia inédita no Brasil utiliza robô e tecnologia 3D para retirada de tumor no pâncreas
 
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24/06/2009

Cirurgia inédita no Brasil utiliza robô e tecnologia 3D para retirada de tumor no pâncreas

Operação foi realizada no Hospital Albert Einstein por laparoscopia robótica

O cirurgião Antonio Luiz de Vanconcellos Macedo utiliza tecnologia 3D e joystick para manipular robô. Cicatrizes e sangramentos são mínimos. Câncer de pâncreas é o sexto com maior incidência no País entre os homens

Uma nova técnica para retirada de tumores da cabeça do pâncreas e do confluente bílio-pancreático duodenal já está disponível no Brasil. Da união da laparoscopia (método que introduz cânulas no abdômen, sem a necessidade de grades cortes) com a robótica surgiu o procedimento que promete dar esperança a pacientes que sofrem com tumores na região do pâncreas, o sexto tipo de câncer de maior incidência entre homens no Brasil.

A primeira cirurgia da América Latina e do Hemisfério Sul usando a técnica denominada duodenopancreatectomia laparoscópica robótica foi realizada em uma paciente de 56 anos no hospital israelita Albert Einstein, em São Paulo, no mês passado. O médico responsável foi o cirurgião-geral e do aparelho digestivo Dr. Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo.

 Dr. Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo

No método tradicional, desenvolvido em meados do século passado para retirada de tumores neste órgão, é feito um corte horizontal de 25 a 30 centímetros no abdômen, há sangramento abundante e recuperação dolorosa e demorada. Na operação com o novo método foram feitas apenas 5 incisões de 1 centímetro cada para introdução de uma câmera e cânulas com pinças que realizam o procedimento. A retirada do tumor é feita por uma incisão de 3 a 4 centímetros na altura da púbis, como em uma cesariana.

O grande diferencial da nova técnica é a utilização de um robô, chamado Da Vinci Intuitive, para manipular com alta precisão estas pinças. Enquanto o cirurgião olha a imagem do interior do corpo do paciente em um monitor com tecnologia 3D, ele utiliza uma espécie de joystick para reproduzir os movimentos que os braços robóticos farão durante a cirurgia. Se o médico faz um movimento de dar um ponto, por exemplo, o robô reproduz o movimento no paciente, só que com sensibilidade ultrafina, ou seja, com velocidade cinco vezes menor. “O robô não treme absolutamente nada. Este método permite a minúcia de uma cirurgia como se o abdômen estivesse aberto, mas sem a necessidade de fazer um grande corte, usando a técnica da laparoscopia”, destaca dr. Macedo. E complementa: “O robô trouxe o conceito de virtualidade já que o cirurgião opera olhando no monitor”.

 

 Robo Da Vinci Intuitive

A técnica minimamente invasiva foi utilizada em uma mulher de 56 anos que tinha um tumor pré-maligno de 3 centímetros na cabeça do pâncreas, mas com fortes indícios de vir a se tornar maligno. Havia também outros tumores disseminados na região. A cirurgia durou 10 horas e a paciente perdeu apenas 250 ml de sangue, sem necessidade de transfusão, comum nas cirurgias tradicionais. O tempo de internação também foi reduzido.

 

 Robo Da Vinci Intuitive na operação inédita do pâncreas

Antes de realizar esta operação, o dr. Antônio Macedo – que há 18 anos tem se dedicado à cirurgia laparoscópica - foi duas vezes a Houston, no Texas (EUA) para operar com o robô Da Vinci, e treinou por mais um ano a utilização do equipamento antes de realizar esta cirurgia. Segundo o especialista, esta técnica é indicada para tumores menores e casos menos invasivos. “Mas no futuro todos os tumores poderão ser operados”, explica.

Dados oficiais mostram que o tumor de pâncreas é o sexto com maior incidência entre homens e o sétimo entre as mulheres. Entre 2006 e 2007, somente no Sistema Único de Saúde (SUS) foram mais de 4 mil internações no País por causa da doença. “O consumo de fumo, álcool e alimentos gordurosos podem contribuir para o surgimento do câncer de pâncreas”, alerta dr.Macedo. O índice de mortalidade da doença é altíssima- mais de 90% dos casos- por conta da localização propícia à disseminação tumoral, explica o médico. “Com esta técnica menos invasiva que estamos oferecendo no Albert Einstein o paciente pode fazer mais cedo radio e quimioterapia para combater a doença, por conta da recuperação mais rápida”, finaliza.


Autor: Charles Marzanasco Filho
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