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Cobrança por disponibilidade médica de obstetras é tema de estudo da classe médica brasileira
 
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07/10/2012

Cobrança por disponibilidade médica de obstetras é tema de estudo da classe médica brasileira

Médicos gaúchos conheceram os argumentos de profissionais de outros estados que já lutam para a medida entrar em vigor

Foto: Rafael Dias Borges

Um plano de saúde oferece a cobertura de consultas médicas durante a gestação, bem como um médico disponível para o parto. Porém, um obstetra cria vínculos diferenciados com suas pacientes. Elas podem ligar a hora que quiserem para tirar dúvidas simples, solicitar a assistência a qualquer momento e os médicos, profissionais liberais, atendem a demanda sem cobrar por isso. Na hora do parto, o médico de plantão muitas vezes não é suficiente. Para a futura mamãe, apenas o médico dela poderá realizar o procedimento, então exige a sua presença. A possibilidade de cobrança pela disponibilidade médica foi tema de debate durante o Fórum Sogirgs do Exercício Profissional, que aconteceu na manhã do último sábado (06/10).

Um bebê não marca hora para nascer. Consequentemente, o médico tem de estar a postos para realizar o procedimento a qualquer momento. Esta dedicação exclusiva as suas pacientes, que optam por abrir mão dos plantonistas para terem seus médicos particulares na sala de parto, não é prevista na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

- Não estamos de falando do parto, que já é pago pela operadora de saúde. Estamos falando de disponibilidade de assistência, que não consta no rol da ANS. É a disponibilidade para atender ligações, seja dia ou noite. Se a operadora oferece um médico gratuito de plantão no hospital, mas a pessoa prefere o profissional que encontra-se em sua residência, é muito clara a necessidade de cobrança - explica o presidente da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), Marcelo Lopes Cançado.

Os obstetras argumentam que o mesmo não acontece com outras especializações médicas, apenas com a obstetrícia e ginecologia. Segundo os médicos, é um direito da paciente exigir a presença de um médico específico na hora do parto, mas ainda assim, também não é certo que os profissionais abdiquem de seus momentos particulares sem receberem uma remuneração por isso.

- Os convênios já oferecem as consultas e o médico de plantão para o parto. Essa discussão envolve a liberdade do profissional. Essa iniciativa é uma oportunidade de conscientizar a classe médica, para estabelecer limites éticos do que é oferecido pela rede suplementar. É uma causa justa que tenta resgatar o espaço do profissional liberal e a dignidade dos obstetras brasileiros - aponta Marcelo.

Além disso, o atual modelo impulsiona os obstetras pela maior realização de cesarianas, pois são mais rápidas. A cobrança pela disponibilidade médica poderia tornar o parto normal, hoje mal remunerado, mais atraente aos olhos do profissional.

- A parte jurídica vai a favor nos nossos interesses. Estamos falando de médicos. Se os contratos apresentam valores absolutamente irrisórios, isso motiva o exercício de uma medicina de má qualidade. Afinal, isso gera mais carga horária de trabalho. Muitos colegas gostariam de estar aqui, mas estão realizando partos agora - considera o diretor de Defesa Profissional da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Hélcio Bertolozzi Soares.

Estiveram presentes médicos de diversos municípios, mas principalmente de Porto Alegre, Caxias do Sul, Pelotas, Passo Fundo e Alegrete. O Fórum Sogirgs de Exercício Profissional também atraiu representantes dos principais hospitais da capital gaúcha, como: Hospital São Lucas da PUCRS, Hospital de Clínicas, Ernesto Dornelles, Santa Casa, Hospital Moinhos de Vento, Presidente Vargas e Mãe de Deus. Também prestigiaram a discussão representantes do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) e da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs).  


Autor: Redação
Fonte: PlayPress Assessoria de Imprensa

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