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19/10/2012

Osteoporose

Doença provoca mais de 120 mil fraturas por ano

O sábado será um dia de alerta a respeito de um mal que age silenciosamente no organismo e que, na maioria das vezes, só é descoberto quando causa um problema.

Relacionada a mais de 121 mil fraturas de quadril por ano no País, a osteoporose atinge considerável parte da população brasileira e preocupa profissionais de todas as áreas da saúde.

O dia 20 de outubro, escolhido pela International Osteoporosis Foundation (IOF) como Dia Mundial da Osteoporose, é sempre uma data para se lembrar da importância de se dar atenção aos ossos e à sua formação.

O ortopedista Paulo Henrique Mulazzani, que atua no Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e no Hospital Mãe de Deus, aponta três ações-chave para evitar o surgimento da doença.

“Para uma pessoa que não tenha pré-doenças e não use medicações que façam com que diminua a massa óssea, como corticoides, por exemplo, recomendamos uma dieta adequada, rica em cálcio, atividade física e um mínimo de exposição solar”, afirma.

Segundo o especialista, o pico de massa óssea se dá por volta dos 33 anos de idade. Depois disso, o organismo começa a perder osso. “Se não temos poupança adquirida, isso acaba nos faltando em determinado momento da vida”, salienta.

Mulazzani destaca que a osteoporose é uma doença “essencialmente feminina”. Isso se dá em razão de as mulheres terem uma massa óssea menor. Para a fisioterapeuta e professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFSCPA) Adriana Raffone, o caminho para minimizar os efeitos ou até mesmo evitar a doença passa pela prevenção, não só na idade adulta, mas desde cedo. A preocupação com a saúde dos ossos envolve a mudança de hábitos como, por exemplo, reduzir o consumo de álcool e evitar o tabagismo.

“Conhecer o histórico familiar também é importante, pois o componente genético está presente em grande parte dos casos”, observa. Mulazzani, por sua vez, enfatiza o fato de a osteoporose ser uma doença que não apresenta sintomas.

Conforme o médico, eles só surgem quando da ocorrência de fraturas ou de microfraturas nas vértebras, que podem ocorrer mesmo sem um trauma, como uma queda. “Então ela se torna sintomática, mas aí já é tarde demais.” A confirmação do diagnóstico se dá por meio do exame de densitometria óssea.

A necessidade de uma maior disseminação de informação a respeito do tema fica mais clara quando se observa os dados compilados no estudo elaborado pela Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso) divulgado nesta semana.

Conforme o trabalho, seis em cada dez mulheres brasileiras acreditam que apenas um copo de leite por dia é suficiente para prevenir a osteoporose. A quantidade adequada, porém, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é de, pelo menos, três porções diárias.

Mulazzani observa que o mineral não está somente no leite, mas também no feijão, no brócolis e no espinafre. Além disso, cereais como as sementes de gergelim e de linhaça, grão de bico, amêndoas e peixes, como a sardinha, possuem altos percentuais de cálcio.

Prática de atividades físicas é fundamental na prevenção e no tratamento

A prevenção é o caminho para evitar a osteoporose, e alguns cuidados são fundamentais para o bem-estar de quem vive com a doença. Seja para prevenir ou para remediar, o ortopedista Paulo Henrique Mulazzani recomenda uma coisa: atividade física.

Jornal do Comércio - O modo de vida atual, com as crianças passando cada vez mais tempo dentro de casa, entretidas com videogames e computadores, pode resultar em uma geração de adultos e idosos com maiores índices da doença?

Paulo Henrique Mulazzani - Sem dúvida. Entenda-se o osso como se fosse uma árvore. Se você tem uma árvore que nunca recebeu vento, ela é frágil, pois não precisa ter um caule forte. Se você expuser essa árvore a ventos frequentes, ela vai se fortalecendo, pois, em determinado momento, pode haver um temporal, com ventania, e ela precisa estar preparada. Se colocar uma árvore em uma redoma de vidro, ela fica fraquinha. Se colocar sob estresse, ela se fortalece. O mesmo funciona para o osso. As atividades físicas, principalmente as que incluam peso, funcionam como o vento. Sempre se achou que a natação era um exercício completo e que servia para tudo, mas não é a melhor atividade física para aumento de massa óssea. Para isso, tem de haver alguma carga sobre o osso. Caminhadas e corridas são mais indicadas e, principalmente, atividades com peso leve e continuadas, duas ou três vezes por semana.

JC - Depois de diagnosticada, qual o tratamento para a osteoporose?

Mulazzani - O tratamento se dá, sempre que possível, em diferentes áreas. Pacientes que vivem em um local de bastante exposição solar não precisam repor vitamina D. Nós, do Sul, como temos um inverno rigoroso, recomendamos que, pelo menos nessa estação, se reponha vitamina D. O cálcio se usa para quase todos os pacientes. Atividade física também é indicada e, em alguns casos, algumas medicações que fazem com que o cálcio se fixe mais ao osso, que são os bifosfonatos. Tem de se tomar uma série de medidas: mudança no estilo de vida, aporte de cálcio e, em algumas situações, um fixador de cálcio.

JC - Para quem se indica a reposição de cálcio além daquele que é consumido por meio da alimentação?

Mulazzani - À maior parte das mulheres, principalmente depois da menopausa, pois o intestino absorve menos cálcio a partir de um determinado momento da vida, quando há um período de diminuição da atividade hormonal. 


Autor: Imprensa
Fonte: Jornal do Comércio - Geral | Pág. 24

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