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Assistência a AVC e infarto na Capital reduz a mortalidade
 
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30/10/2012

Assistência a AVC e infarto na Capital reduz a mortalidade

Campanha na Redenção prestou orientação e avaliação de risco

As mortes por doenças do aparelho circulatório estão diminuindo significativamente em Porto Alegre, segundo dados da Equipe de Eventos Vitais da Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde (CGVS). A queda pode ser atribuída às Linhas de Cuidado da Dor Toráxica e do Acidente Vascular Cerebral (AVC), implantadas em novembro do ano passado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

De janeiro a junho de 2011, ocorreram 533 óbitos na Capital por infarto agudo do miocárdio. No mesmo período deste ano, foram 450, o que mostra uma queda de 12,2%. A incidência de mortes por AVC, que foi de 546 casos nos primeiros seis meses de 2011, diminuiu para 480 de janeiro a junho de 2012 – ou seja, menos 8,6%.

O total de mortes por causas diversas em Porto Alegre também diminuiu, em 3,8%, no primeiro semestre de 2012 (quando foram registrados 5.115 óbitos) em relação a 2011 (5.318). Essa constatação leva a Secretaria Municipal de Saúde a associar a redução no número total de óbitos à queda de mortalidade em consequência de infarto e AVC.

Campanha - No ano passado, a programação desenvolvida em Porto Alegre pela SMS durante a Semana Mundial do AVC contribuiu para que o Brasil ficasse em primeiro lugar (Medalha de Ouro) na premiação concedida pela WSO aos países participantes da campanha. A entrega do certificado de reconhecimento ocorreu no Congresso Mundial de AVC, em Brasília, dia 10 de outubro.

Neste ano, a Campanha Nacional de Combate ao AVC, desenvolvida de 20 a 29 de outubro com o slogan “Eu me importo”, teve também uma programação especial organizada no Parque da Redenção pela SMS, em parceria com o Hospital Moinhos de Vento. Das 9h às 15h, em frente ao Monumento ao Expedicionário, ficaram montadas duas tendas para informações sobre prevenção e tratamento de AVC e avaliação individual de risco da doença. Passaram pela triagem 432 pessoas, entre um total de cerca de 700 que foram até lá para se informar e assistir às palestras oferecidas.

“Com eventos como este, buscamos a prevenção, já que se sabe que, embora o AVC atinja uma em cada seis pessoas, 90% dos casos podem ser evitados. Portanto, é preciso alertar a população sobre os cuidados necessários. Já tivemos uma redução importante do número de óbitos com a Linha de Cuidado adotada em Porto Alegre, e queremos diminuir o índice ainda mais”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Carlos Henrique Casartelli. “Essa nova estrutura faz toda a diferença. O atendimento foi organizado para que cada unidade de saúde da rede pública saiba qual é o seu papel e ofereça assistência adequada com a rapidez necessária”, diz a neurologista Sheila Cristina Ourique Martins, coordenadora das Linhas de Cuidado da Dor Toráxica e do AVC e consultora do Ministério da Saúde.

Uma das novidades deste ano é que a campanha chama atenção não apenas para os fatores de risco, sinais de alerta e importância do socorro rápido, mas também para os cuidados exigidos ao longo do tratamento por AVC. Outra novidade é o símbolo solidário, criado pela Organização Mundial do AVC (WSO): uma pulseira de corda azul de três voltas, representando o fluxo de sangue, a função saudável do cérebro e do corpo e a ligação entre as pessoas que aderem à campanha. A pulseira (com medalha) pode ser adquirida pelo site www.olook.com.br, a R$ 7,90. O valor arrecadado com a venda será aplicado no auxílio a pacientes em tratamento. Em Porto Alegre, a pulseira ganhou destaque em um dos braços do monumento Laçador, cartão postal da capital gaúcha.

Alerta - O acidente vascular cerebral se manifesta repentinamente e pode acometer pessoas de qualquer idade. É responsável pelo maior número de óbitos no mundo, sem falar na quantidade de pessoas que ficam incapacitadas em decorrência de sequelas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença causa a média de 6 milhões de mortes por ano - número que supera os óbitos por traumas, câncer e doenças respiratórias. No Brasil, são 100 mil mortes a cada ano em consequência de AVC.

Os sintomas são boca torta, dificuldade de fala, perda de força e dor de cabeça súbita. Quanto mais rápido o atendimento, maior as chances de o paciente sobreviver e ficar sem sequelas. “O tempo ideal é até 4 horas a partir dos sintomas. Para se precaver, bastam hábitos saudáveis (como prática regular de exercícios físicos, boa alimentação, baixo consumo de álcool e não fumar) e o controle de doenças crônicas, como diabete e pressão arterial elevada”, explica o médico Jorge Luiz Osório, um dos idealizadores das Linhas de Cuidado na Secretaria Municipal de Saúde.

LINHA DE CUIDADO

Para implantação das novas Linhas de Cuidado, foi montada uma estratégia de agilidade e eficácia na prestação de socorro. Todos os serviços de urgência e emergência 24 horas do SUS em Porto Alegre foram treinados para reconhecer de imediato os sintomas de infarto ou AVC, iniciar os procedimentos de salvamento e acionar o Samu o mais rápido possível.

Nessa situação, cabe ao Samu transferir o paciente para um dos locais dotados de equipamentos e profissionais para esse tipo de atendimento. Para infarto, os indicados são: Hospital de Clínicas, Instituto de Cardiologia, Santa Casa e Hospital São Lucas da PUCRS. Para AVC, são referenciados: Hospital de Clínicas, Hospital São Lucas, Hospital Conceição e ainda a Santa Casa e o Hospital de Pronto Socorro (HPS).

Todas as ambulâncias do Samu são equipadas com aparelhos de eletrocardiograma e de telemedicina, que permitem a interpretação do exame e o diagnóstico de infarto antes da chegada do paciente ao hospital. Ao dar entrada, a pessoa com suspeita de infarto ou AVC conduzida pelo Samu é atendida imediatamente, sem passar por atendimento no setor de emergência.  


Autor: Rui Felten
Fonte: Portal PMPA
Autor da Foto: Luciano Lanes - PMPA

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