
Apesar de não estarem encerrados os números de 2012 já acendem um sinal de alerta no Rio Grande do Sul contra a doença. O coeficiente de casos confirmados para cada 100 mil habitantes que, em 2011, era de 1,49 aumentou para 3,5. A totalidade dos casos com óbito ocorreu em menores de um ano de idade, com 6 mortes contabilizadas até agora. Segundo o responsável pelo Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Fabrizio Motta, a vacinação é a melhor forma de prevenção.
- Mesmo adolescentes e adultos devem realizar um reforço com a vacina, principalmente aqueles que terão contato intimo com crianças menores de 1 ano. As gestantes também devem realizar a vacina a partir de 20 semanas de gestação. Além disso, devemos evitar contato com pessoas com coqueluche ou suspeita, até este paciente completar pelo menos 5 dias de antibiótico com ação contra a bactéria da Coqueluche - explica.
Um outro alerta que a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul faz é a importância da notificação para a Vigilância de Saúde do município. Essa medida faz com que sejam investigados casos adicionais, impedindo a disseminação da doença.
Segundo o médico, Fabrizio Motta, o tratamento mais indicado é com antibióticos da classe dos macrolideos (azitromicina, eritromicina ou claritromicina) e em casos especiais pode-se utilizar o sulfametoxazol-trimetiprim.
- Além do uso de antibióticos alguns pacientes podem apresentar quadros mais graves (com apnéia e cianose), necessitando de hospitalização e algumas vezes até de tratamento da unidade de terapia intensiva - completa.
A Coqueluche apresenta um comportamento sazonal, com picos de manifestação nas estações de primavera e verão. Os números apresentam crescimento em outros municípios da Região Metropolitana, como Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Gravataí, Guaíba e Viamão. Um alerta epidemiológico foi enviado, no mês de setembro, pela Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis (EVDT) a todos os hospitais e postos de saúde de Porto Alegre.
Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul
A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.