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Cuidados para reduzir o potencial de resistência do vírus Influenza A
 
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02/07/2009

Cuidados para reduzir o potencial de resistência do vírus Influenza A

Ministério da Saúde anuncia novas orientações para confirmação de casos e atendimento aos pacientes da nova gripe

O Ministério da Saúde ampliou os cuidados para reduzir o potencial de resistência do vírus Influenza A (H1N1) ao tratamento da doença e para agilizar ainda mais a confirmação dos casos no Brasil. Em entrevista no final de sexta-feira, 26 de junho, à imprensa, em Brasília, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou essas mudanças nas regras, que passam a valer de imediato. No país, há 522 casos confirmados da doença.

“Estamos selecionando o medicamento para aqueles casos efetivamente necessários: 1. aqueles que cursem de forma mais grave desde o início, em que os sinais e sintomas apontem para uma maior gravidade; 2. um conjunto de pacientes portadores de situações crônicas, principalmente, onde a indicação de uso imediato da medicação é total”, acrescentou Temporão. Confira o novo protocolo.

A Organização Mundial da Saúde vem alertando as autoridades sanitárias e a população de todos os países para o fato de que o uso indiscriminado do medicamento para tratar pessoas infectadas pelo vírus Influenza A (H1N1) poderá tornar o vírus mais resistente e abrir caminho para o surgimento de novas cepas, ampliando os riscos à saúde pública.

“A doença cresce de forma intensa no mundo inteiro. Estamos em período de inverno no Hemisfério Sul e este é um período que facilita a propagação de doenças respiratórias. E também estamos num período de férias, quando muita gente entra e sai do país”, ressaltou o ministro. Segundo ele, há uma expectativa de crescimento do número de casos nos próximos dias, sendo necessária a adoção dessas novas medidas.

As novas regras somam-se às precauções que o Ministério vem tomando desde que a Organização Mundial da Saúde fez o alerta sobre a doença, em 24 de abril. Hoje há 9 milhões prontos para serem encapsulados no Brasil, caso necessário. A rede de tratamento da doença organizada no país ainda conta com 800 leitos disponíveis e 53 centros de referência para atender a população – esses números podem ser ampliados, conforme a necessidade.

Entenda quais são as novas medidas

Medida 1: Os estados e municípios passaram a contar com parâmetros básicos, para orientar eventuais suspensões de atividades em locais públicos ou coletivos. É o caso de creches, escolas, empresas, por exemplo. A recomendação é que se evite fechamentos desnecessários desses locais, o que poderia aumentar essa sensação de intranqüilidade entre a população. O que o ministro reiterou é que não sejam tomadas medidas sem a consulta prévia aos órgãos de vigilância sanitária e de saúde pública de cada município.

Medida 2: Houve ampliação dos cuidados para se reduzir o potencial de resistência do vírus ao tratamento e para se evitar que uma maior quantidade de pessoas desenvolva reações à medicação aplicada para os casos de Influenza A (H1N1). Isso significa uma mudança de protocolo no atendimento dos pacientes.

“A preocupação é dar medicamento nos casos clínicos onde não é necessário dar medicamento, onde o próprio organismo vai dar um andamento natural a essa doença sem nenhum tipo de risco à pessoa. Estou impedindo um contato excessivo do vírus com o medicamento e uma futura possibilidade de desenvolvimento de resistência”, observou Temporão. “A grande maioria das pessoas que estão contraindo esse vírus desenvolvem um quadro brando de doença, com recuperação sem a necessidade de tratamento medicamentoso”.

Medida 3: O processo de confirmação dos casos, em parte, também muda. Até agora, eram utilizadas amostras de material biológico individual para confirmar a doença em cada paciente. A confirmação era sempre laboratorial e individual. Agora, quando houver ocorrência de infectação comprovada laboratorialmente em alguém, as pessoas com vínculo epidemiológico com aquele paciente, em uma mesma instituição – como escolas, creches e empresas –, e que apresentem sintomas do Influenza A (H1N1), passam a consideradas infectadas. O vínculo epidemiológico, então, tornar-se suficiente para a confirmação.

Até então, as confirmações laboratoriais ocorriam na Fundação Oswaldo Cruz (RJ), no Instituto Evandro Chagas (PA) e no Instituto Adolfo Lutz (SP). O ministro Temporão ainda anunciou que outros três laboratórios do país passarão a fazer a confirmação da doença. Essa medida deve-se ao aumento da demanda aos laboratórios de referência para o Influenza A (H1N1). Apesar desse crescimento, há kits suficientes para os diagnósticos, reforçou o ministro.
 

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Autor: Agência Saúde
Fonte: Ministério da Saúde

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