Equipe de pesquisadores da Universidade de Minnesota, nos EUA, desenvolveu um composto sintético que impediu a neurodegeneração associada com a doença de Alzheimer em camundongos.
O composto, conhecido como psi-GSH, fabricado em laboratório capacita o cérebro a utilizar o seu próprio sistema de enzimas de proteção, chamado glioxalase, contra o processo da doença de Alzheimer.
A descoberta apresenta um novo alvo para o desenvolvimento de medicamentos e terapias contra o Alzheimer.
"Enquanto a maioria das outras drogas em desenvolvimento visa retardar ou reverter os processos da doença de Alzheimer, nossa abordagem ataca a raiz da doença, permitindo que o próprio cérebro combata a doença em um estágio muito inicial", afirma o líder da pesquisa Robert Vince.
A doença de Alzheimer prejudica a capacidade do cérebro para usar o sistema glioxalase. Mas o composto psi-GSH fornece ao sistema glioxalase o combustível necessário para destruir metabolitos de açúcar oxidados que, em modelos de Alzheimer, converte a proteína amilóide cerebral normal na forma anormal que causa a doença de Alzheimer.
Quando administrado a ratos geneticamente predispostos para desenvolver a doença de Alzheimer, o composto psi-GSH reduziu acumulação de proteína beta amiloide anormal no cérebro. A formação desta proteína é uma característica bem conhecida da doença de Alzheimer, em última análise, encontrada sob a forma de placas e emaranhados no cérebro.
Depois de receberem psi-GSH por 11 semanas, os ratos predispostos ao Alzheimer mostraram capacidades cognitivas, como memória e químicos indicadores de saúde do cérebro, intactos.
Além disso, os ratos tratados não tinham placas cerebrais, enquanto os ratos não tratados tinham significativa formação de placa.
Estudos preliminares não indicaram nenhuma toxicidade observada no cérebro ou outros órgãos vitais a partir do tratamento com psi-GSH.
A pesquisa foi publicada na revista é ACS Chemical Neuroscience.