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06/07/2009

Uso regular de aspirina pode fazer mais mal do que bem

O uso como prevenção primária é injutificável, diz estudo

Pouco bem, grande mal

Será que uma aspirina por dia pode evitar que tenhamos que ir ao médico? Uma nova pesquisa demonstra que nem sempre. Os pesquisadores descobriram que, embora o uso regular da aspirina possa reduzir a taxa de ataques cardíacos não-fatais em cerca de 12%, há um aumento de 33% no risco de hemorragias internas em pessoas sem histórico de doenças relevantes.

O estudo, que descobriu que as orientações gerais de apoio ao uso regular da aspirina por indivíduos saudáveis - a chamada prevenção primária - são injustificáveis, foi liderado pelo professor Colin Baigent, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e publicado no jornal The Lancet.

Uso diário da aspirina

"A segurança da medicação realmente importa quando se faz recomendações para dezenas de milhões de pessoas saudáveis," disse ele ao jornal The Daily Mail. "E, para as pessoas saudáveis, não há evidências suficientes para sugerir que os benefícios de longo prazo do uso da aspirina excedam os riscos por uma margem segura," acrescentou o médico.

"As orientações atuais ignoram largamente quaisquer diferenças nos riscos de hemorragia, e recomendam que a aspirina seja usada para a prevenção primária em pessoas com risco moderadamente alto de doenças coronarianas," diz o estudo. "Tem sido sugerido também que, como a idade é um dos principais determinantes do risco de doenças coronarianas, que a ingestão diária de aspirina deve começar em indivíduos com determinada idade, seja isoladamente, seja em combinação com outros medicamentos."

Efeitos da ingestão contínua de aspirina

Os pesquisadores avaliaram dados de mais de 95.000 pessoas que participaram de seis avaliações clínicas aleatórias cujo objetivo era examinar a prevenção primária com o uso da aspirina.

Segundo os resultados desses estudos, o risco de eventos vasculares sérios caiu de 0,57% para 0,51% a cada ano em razão do tratamento com aspirina, mas o risco de hemorragias graves aumentou de 0,07% para 0,10% a cada ano. De acordo com os pesquisadores, isso indica que a aspirina não é, de fato, um método à prova de falhas para a prevenção primária.

"Em pacientes que já estão sob alto risco porque já tiveram doenças vasculares oclusivas, a terapia de longo prazo antiplaquetas (com a aspirina) reduz o risco anual de eventos vasculares sérios em cerca de um quarto," diz o estudo. "Esse decréscimo corresponde tipicamente a uma redução absoluta entre 10 a 20 por 1.000 na incidência anual de eventos não-fatais e a uma redução menor, mas ainda assim definitiva, na mortalidade vascular."

Nos estudos de prevenção secundária, que estudaram pacientes tomando aspirina para prevenir a repetição de um ataque cardíaco, os pesquisadores descobriram que a aspirina diminui o risco de eventos vasculares sérios em cerca de 20%. As reduções nos riscos foram similares para homens e mulheres nos dois conjuntos de testes.

Só quando os riscos compensarem

A alternativa para a prevenção primária, dizem os pesquisadores, é adiar o início do tratamento de longo prazo com a aspirina até que haja alguma evidência de doença vascular oclusiva, que afeta as artérias e leva à insuficiência arterial e à isquemia.

"A principal desvantagem do adiamento é que a primeira manifestação da doença pode ser um evento debilitante ou fatal, mas a principal vantagem é que ele poderá evitar décadas de um aumento constante no risco de hemorragia ou de sangramento extracraniano grave," concluem os pesquisadores. 

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Autor: Redação
Fonte: Diário da Saúde

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