A informatização da rede municipal de saúde, a repactuação com prestadores de serviços e a contratação de novos profissionais estão trazendo avanços que serão ainda maiores em 2013. Entre os mais importantes, está a redução das filas de espera por consultas, tanto na atenção primária como nas especialidades médicas. Este é o balanço feito pelo secretário municipal de Saúde, Carlos Henrique Casartelli, ao prever medidas para este ano com o objetivo de ampliar e qualificar os atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Porto Alegre.
Uma delas é a realização de dois concursos públicos, ainda no primeiro semestre de 2013, para sanar a necessidade de recursos humanos em determinados setores. Em um dos concursos, a SMS deverá selecionar em torno de 150 médicos, além de outros profissionais. Outro concurso será promovido pelo Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf), que já selecionou, em maio, 1.389 servidores agora em fase de nomeações.
Com relação ao tempo de espera por consultas, Casartelli enfatiza que a situação já mudou para melhor e continuará sendo tratada como uma das prioridades da gestão. “Em várias unidades de saúde da atenção primária, já não há mais filas, e as emergências hospitalares estão hoje em condição bem melhor que em outros momentos, quando tinham demandas muito acima da capacidade, em qualquer época do ano”, observa.
Na atenção primária em saúde, várias unidades já não utilizam mais o sistema de distribuição matinal de fichas para consultas. Em vez da oferta de um número limitado de atendimentos, todos os usuários que procuram essas unidades são acolhidos em qualquer hora do dia e encaminhados para avaliação. Se há necessidade de consulta, a marcação é feita por meio eletrônico, e os casos que podem ser resolvidos sem interferência do médico recebem a atenção adequada. Assim, ninguém vai embora sem ser ouvido pela equipe. A Unidade Básica de Saúde (UBS) Bananeiras foi a primeira a adotar o novo sistema. Depois, o modelo foi implantado na UBS Diretor Pestana e nas Unidades de Saúde da Família (USF) Jardim Carvalho, Santo Alfredo, Morro da Cruz e São Vicente Mártir. Gradativamente, estará implementado em todas as 55 UBS e 88 USF.
Especialidades - No caso das consultas especializadas, a situação também vem melhorando bastante. “Em 2011, quando iniciamos a informatização, havia especialidades em que o tempo de espera chegava a dez anos. Hoje, em cerca de 90% das subespecialidades, o tempo é de no máximo 30 dias”, ressalta Casartelli. “Em cardiologia, a espera podia levar oito anos. Agora, o paciente consulta o especialista em mais ou menos 15 dias depois do encaminhamento. Em dermatologia, havia demora de um a dois anos. Atualmente, o paciente é atendido dentro do próprio mês”, exemplifica.
Outro exemplo citado são as subespecialidades ortopédicas. “Em grande parte delas, já conseguimos eliminar filas, como nos casos de tratamento de bacia e ortopedia geral, em que a espera está na média de 30 a 40 dias”, diz Casartelli. Para oftalmologia pediátrica, houve reforço de mais 200 consultas por mês a partir de janeiro, também com a finalidade de agilizar os atendimentos. “Vamos prosseguir atuando em todas as subespecialidades, para resolver o problema em cada uma delas”, afirma o secretário.
