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Telessaúde Brasil celebra resultados e debate expansão
 
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06/07/2009

Telessaúde Brasil celebra resultados e debate expansão

Biblioteca virtual em saúde disponibiliza apresentações para download

Mesa oficial do seminário Telessaúde Brasil
Abel Packer fala da cooperação MS e BIREME
Ana Estela Haddad (ao centro) trouxe estatísticas sobre o programa
Verônica Abdala apresenta o Portal Telessaúde
Aproximadamente 310 pessoas participaram do evento

O I Seminário Nacional Telessaúde Brasil realizado nos dias 3 e 4 de junho de 2009, em Brasília, teve como objetivo apresentar os resultados alcançados pelo Programa Telessaúde Brasil e promover a articulação política entre os parceiros. Além disso, o seminário buscou sensibilizar novos gestores municipais de saúde, identificar os fatores facilitadores e os desafios a serem enfrentados na consolidação e expansão do Programa.

O evento contou com 310 participantes de todos os 26 estados e Distrito Federal. Entre eles, representantes dos Ministérios da Educação (Secretaria de Educação Superior e Secretaria de Educação a Distância); Ciência e Tecnologia (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa - RNP e Rede Universitária de Telemedicina – RUTE); Defesa; Comunicações; Casa Civil (Sistema de Proteção da Amazônia – SIPAM). Também estiveram representados a Representação da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil, o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME/OPAS/OMS); além da participação de coordenadores dos Núcleos Estaduais de Telessaúde; de secretários estaduais e municipais de Saúde; de reitores das universidades federais e estaduais; das Escolas Técnicas do SUS; do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (COSEMS); do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS); das Equipes de Saúde da Família; representantes dos 32 pontos da RNP e coordenadores estaduais de Atenção Básica. Também foi possível o acompanhamento do Seminário à distância com a transmissão ao vivo por meio do portal do Programa Telessaúde Brasil.

A primeira parte do seminário contextualizou o estágio de evolução atual do Programa, cujo objetivo é qualificar Equipes de Saúde da Família, por meio da utilização de tecnologias modernas de informação e comunicação, capazes de promover a teleducação e teleassistência, melhorando a resolubilidade na atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ana Estela Haddad, diretora de Gestão da Educação na Saúde no Ministério da Saúde, trouxe um panorama do Programa que atualmente é composto por nove Núcleos de Telessaúde e 735 Pontos de Telessaúde em funcionamento e distribuídos em 641 municípios, apoiando a atuação de 2.474 equipes de saúde da família.

A estratégia do Programa vai da implantação de infraestrutura de informação e telecomunicação prioritariamente em zonas remotas, isoladas e marginais no país, ao desenvolvimento contínuo e a redução da distância das Equipes de Saúde da Família. De janeiro de 2008 a abril de 2009, o Programa realizou mais de 4,5 mil segundas opiniões formativas, sendo que nos últimos dois meses alcançou uma média superior a 500 segundas opiniões por mês. Também foram realizadas mais de 900 atividades de Teleducação, além de aproximadamente 100 mil exames de apoio às equipes de saúde da família.

Outros pontos em foco na parte inicial do seminário foram componentes, estratégias e avaliação do Programa Telessaúde. Os Núcleos de Telessaúde do Rio Grande do Sul e de São Paulo relataram suas experiências na implementação da Segunda Opinião Formativa em seus estados. Um debate encerrou as discussões em mesa-redonda com a participação de José Paranaguá de Santana da OPAS, Luiz Ary Messina da RUTE e Armando Raggio.

Portal Telessaúde Brasil e BVS Atenção Primária em Saúde

O portal Telessaúde Brasil e Biblioteca Virtual em Atenção Primária a Saúde (BVS APS) estão integrados como espaço público de registro, publicação e acesso às fontes de informação e de evidências em atenção primária à saúde, além de informação sobre o Programa e sobre a Rede Telessaúde Brasil. "O programa Telessaúde, com apoio da BVS APS, está desenvolvendo um espaço e uma infraestrutura de acesso e publicação de informação e evidências científicas que contribui decisivamente para a atualização e aprendizagem continuada de profissionais e usuários", ressaltou Abel Packer, Diretor da BIREME.

No seminário, Verônica Abdala, gerente de Serviços Cooperativos de Informação na BIREME, abordou os avanços e desafios para a construção coletiva e em rede do portal do Programa, especialmente na transformação dos produtos da Segunda Opinião Formativa, das atividades de teleducação realizadas pelos Núcleos de Telessaúde em fontes de informação disponíveis no Portal para acesso público a todos os profissionais que atuam na atenção primária à saúde (APS) no Brasil.

Segunda parte do seminário: oficinas temáticas
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Última parte: apresentações dos Núcleos de Telessaúde dos estados


Para concretizar estes serviços como fontes de informação válidas para APS, a BIREME tem trabalhado diretamente com os Núcleos de Telessaúde para identificar os potenciais conteúdos para a coleção de fontes de informação do Portal, as necessidades de conversão de formato e adaptação da metodologia da BVS.

Atualmente o Portal Telessaúde e BVS APS oferece acesso às “Perguntas e Respostas da Atenção Primária” que são geradas a partir da Segunda Opinião Formativa realizada pelo Núcleo de Telessaúde do Rio Grande do Sul e à uma coleção de objetos de aprendizagem (aulas, videoconferências, manuais, entre outros) utilizados em atividades de teleducação, especialmente pelos Núcleos de Telessaúde de Minas Gerais e Pernambuco.

O Espaço Colaborativo Telessaúde foi outro componente do Programa destacado por Verônica. Como espaço online das equipes de coordenação do Telessaúde, ele tem a função de facilitar a gestão dos documentos e promover a comunicação e interação entre os coordenadores e parceiros da Rede Telessaúde.

Programa é economicamente viável

A viabilidade econômica de atividades de telessaúde aplicadas na Atenção Básica foi avaliada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em um trabalho realizado por Maria Beatriz Moreira Alkmim, do Centro de Telessaúde do Hospital das Clínicas e Renato Minelli Figueira, da Escola de Engenharia.

O estudo realizado em 20 municípios de Minas Gerais comparou o atendimento presencial (representado pelo custo do encaminhamento do paciente a outro município) e o atendimento a distância (representado pelo uso do sistema de telessaúde). O resultado mostrou que o atendimento a distância é três vezes mais barato que o atendimento presencial considerando o sistema de saúde municipal.

Alguns números encontrados foram o custo de manutenção do sistema de telessaúde de R$435,00/mês/município em dezembro de 2008, o custo médio de encaminhamento de R$80,73, o custo da atividade de telessaúde de R$7,09 e a distância média percorrida para os encaminhamentos de 100 km.

O fator de eficiência em telessaúde utilizado foi a relação entre o número de encaminhamentos evitados e o número total de pacientes que seriam encaminhados. O resultado de eficiência foi de 70%, ou seja, de cada 100 pacientes atendidos no Centro de Saúde e que seriam encaminhados, por meio do Sistema de Telessaúde, apenas 30 precisaram ser destinados a outro atendimento presencial implicando em gastos como transporte, comunicação e convênios.

Para analisar a viabilidade econômica de sistemas de telessaúde, o estudo considera quatro fatores principais: o número de municípios conectados, média de atividades por municípios, a eficiência com que são realizadas e o custo do encaminhamento de pacientes. Quanto maior o número de pontos conectados e o número de atividades, maior a viabilidade econômica, de acordo com o fator de eficiência e o custo do encaminhamento.

Oficinas e compartilhamento de experiências

A segunda parte do seminário foi dedicada a oficinas temáticas com foco em discussões de propostas para o fortalecimento dos Núcleos de Telessaúde existentes e a expansão para outros estados, o papel dos diferentes atores do Telessaúde e a integração do Programa com as demais iniciativas de Educação em Saúde.

Com base em pontos fortes e dificuldades discutidas, as oficinas resultaram em um levantamento de ideias para o fortalecimento estratégico do Telessaúde, desde o seu conteúdo, passando por ações na área de gestão de pessoas e do trabalho, até em questões de tecnologia, regulação e institucionalização do Programa. Um tema frequente em debate nas oficinas foi a necessidade do fortalecer parcerias nas três esferas de governo, assim como com a sociedade civil e com os profissionais do Programa.

O último bloco do seminário foi o momento de compartilhar experiências com as apresentações dos Núcleos de Telessaúde dos estados do Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro e da Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (ABRACIT).

“O I Seminário Nacional Telessaúde Brasil foi uma excelente oportunidade para o fortalecimento e reflexão sobre a implantação do Projeto Piloto do Telessaúde, revigorando as parcerias atuais e estabelecendo uma aproximação maior entre todos aqueles que contribuem e que formam a Rede Telessaúde”, observou Verônica Abdala da BIREME.
 

Agenda e apresentações do I Seminário Nacional Telessaúde Brasil 

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Autor: Escritório da Bireme/Opas/OMS
Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde

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