A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o número de mortes por sarampo baixou 71% entre 2000 e 2011. O total de mortes em todo o mundo é agora de 158 mil contra 542 mil há mais de 12 anos. Já a incidência de novos casos também diminuiu mais que pela metade.
Os dados foram divulgados, na última quinta-feira (17), pela OMS, que participa da Iniciativa Sarampo e Rubéola. A agência da ONU fez um alerta sobre a situação da doença nas Américas, onde o sarampo já havia sido eliminado em 2002.
Segundo informou o órgão, novos casos estão ameaçando os ganhos. A OMS também está trabalhando com governos da região do oeste do Pacífico para eliminar surtos de sarampo.
A recomendação é que cada criança tome duas doses da vacina.
Os índices de vacinação, aliás, subiram de 72% em 2000 para 84% em 2011. Atualmente 141 países oferecem a segunda dose.
Com a ajuda da Iniciativa Sarampo e Rubéola, mais de 1 bilhão de crianças receberam a imunização. Somente em 2011, foram 225 milhões.
Mas em pelo menos cinco países, 20 milhões de menores ficaram fora das campanhas de prevenção como na República Democrática do Congo, na Etiópia, na Índia, na Nigéria e no Paquistão.
Já nos países de língua portuguesa, Angola foi o que mais registrou casos de sarampo com 1449 notificações em 2011, seguida do Timor-Leste com 763. Portugal teve dois casos e o Brasil, 43.
A OMS foi notificada de surtos de sarampo não só nestes países, mas também na França, na Itália e na Espanha. Juntas, as três nações europeias registraram mais de 24 mil casos da doença.
No ano passado, a agência da ONU lançou o Novo Plano Global para combater a rubéola e o sarampo, usando a mesma estratégia de uma vacina combinada.
A iniciativa é apoiada pela Cruz Vermelha dos Estados Unidos, o Unicef a Fundação das Nações Unidas. O objetivo do plano é reduzir as mortes por sarampo em até 95% até 2015; e eliminar o sarampo e a rubéola em pelo menos seis regiões da OMS até 2020.