A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) defende que o tratamento com o anticorpo trastuzumabe seja utilizado também nos casos de câncer de mama metastático Her2 positivo pelo Sistema Único de Saúde. O Ministério da Saúde anunciou em julho que a droga seria disponibilizada a partir de 2013, porém apenas para as pacientes em fase inicial ou com tumor avançado localmente.
Segundo o vice-presidente da SBM, José Luiz Pedrini, o trastuzumabe é fundamental para as pacientes com quadro de metástase, pois aumenta a sobrevida significativamente, sem os indesejáveis efeitos colaterais da quimioterapia. Para os demais casos, a droga serve a outro propósito, o de evitar recidivas.
"A vantagem do uso do trastuzumabe e o benefício clínico já foram extensamente comprovados em trabalhos científicos", garante Pedrini, que também desenvolve pesquisas na área. "A não liberação da droga para a doença metastática vai gerar demandas judiciais, que deverão ser acatadas pelo gestor".