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Tragédia em Santa Maria expõe fragilidade da assistência aos queimados no país
 
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09/02/2013

Tragédia em Santa Maria expõe fragilidade da assistência aos queimados no país

Sociedade Brasileira de Queimaduras defende mais recursos e pesquisas para ampliar estoques de pele

Para a direção da Sociedade Brasileira de Queimaduras, os esforços vigorosos para a obtenção de pele para transplante, no Brasil e no exterior, a fim de suprir a demanda gerada pelo incêndio em Santa Maria, expõe claramente a fragilidade da assistência aos grandes queimados no país. “Não devemos mais permitir que um país com a dimensão e o potencial do Brasil dependa tanto de doação externa. Ela é bem-vinda e somos gratos, mas por outro lado esse auxílio internacional significa que nossos Bancos de Pele não estão em condições de suprir de forma adequada a demanda da população brasileira”, avalia o cirurgião plástico Marcelo Borges, responsável Técnico do Banco de Pele do IMIP, em Recife.

A pele estocada nos Bancos de Pele no Brasil é proveniente de doadores em morte encefálica ou post- mortem e geralmente retirada da região das costas, coxas e pernas. Tratada e armazenada, esta “matéria-prima” é de grande valia na assistência prestada aos queimados logo nos primeiros dias de tratamento, pois faz as vezes de curativo biológico, eficaz e seguro, até que a condição de Saúde deste paciente permita a realização de um enxerto com sua própria pele retirada de outras regiões.

“Estes substitutos temporários da pele, provenientes dos Bancos de Pele, são um ótimo recurso no tratamento, porém ainda escassos no Brasil. Além de ampliar a quantidade desses bancos com critérios geográficos, precisamos incorporar de forma imediata o uso da membrana amniótica e da pele de porco importada”, reivindica dr. Marcelo Borges, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras. “Paralelamente, precisamos apostar em pesquisas científicas de alternativas "abrasileiradas", como a pele da rã ou, quem sabe, da tilápia. Isso sem falarmos na ampliação do uso das matrizes dérmicas, do cultivo de epitélio e na terapia gênica”, completa.

Para o cirurgião plástico Alfredo Gragnani Filho, que desenvolve pesquisas junto à Unifesp nas áreas de Cultura e terapia celular e células-tronco aplicadas à cirurgia, além de ampliar a quantidade de Bancos de Pele no país, também é necessário que se invista mais na conscientização da população para aumentar a quantidade de doadores. “Muitas vezes a família daquela pessoa que veio a óbito por morte cerebral tem a falsa crença de que a retirada da pele vai desfigurar aquele ente querido, e não é o caso. Os curativos conseguem disfarçar perfeitamente as áreas de onde o tecido foi retirado”, explica. “O ser humano cresce pelo amor ou pela dor. É chegada a hora de a sociedade civil fazer deste luto a oportunidade para um debate produtivo e profundo sobre as reais condições para acolhida aos queimados no país”, insiste Dr. Borges. 


Autor: Ana Lavratti
Fonte: Assessoria de comunicação da Sociedade Brasileira de Queimaduras

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