Os primeiros resultados do inquérito "Artrite Reumatóide em Portugal - Viver com uma doença muito incapacitante", efetuado pela Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide (ANDAR), foram divulgados ontem (07), em Lisboa.
Em declaraçâo à agência Lusa, o presidente da ANDAR, António Vilar, adiantou que o estudo, que ainda está sendo desenvolvido, envolve cerca de 500 doentes, tendo por objetivo verificar o impacto da doença no trabalho. Além disso, pretende-se constatar como os portadores dessa doença classificam o seu estado de saúde.
Segundo o estudo, apenas 32% dos doentes consideraram que estavam "bem, muito bem ou excelente", enquanto 28% assinalaram a opção "mal a muito mal". O médico António Vilar explicou que os melhores tratamentos disponíveis permitem aliviar os sintomas da doença em até 90% dos casos.
Por outro lado, acrescentou, aqueles que se consideram bem, muito bem ou excelente são apenas 32%, quando os indicadores de remissão com os melhores tratamentossituam-se na casa dos 35%.
"Os indicadores de remissão e de doentes assintomáticos estão muito abaixo daquilo que hoje é possível atingir com os melhores tratamentos e as melhores práticas clínicas", salientou António Vilar, defendendo que é preciso "proporcionar aos pacientes melhores cuidados".
A artrite reumatóide afeta cerca de 40 mil portugueses, sendo as mulheres, nas cada dos 30 aos 50 anos, as grandes vítimas desta doença.
Pelo menos uma em cada dez pessoas fica incapacitada, pois os movimentos mais simples causam dor e aumentam a probabilidade de doenças associadas. O saldo resulta em uma diminuição média de 3 a 10 anos de vida. Dessa forma, a prevenção e o diagnóstico precoce são essenciais, conclui o médico.