A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que foram confirmados, na última quinta-feira, 14, três novos casos de dengue importados (pacientes que viajaram para outros Estados) em Porto Alegre. Todos foram diagnosticados com a doença e atendidos na Rede de Saúde, e liberados. Estão sendo realizados bloqueios de transmissão com a aplicação de inseticida para a forma adulta do mosquito nos bairros Santana, Menino Deus e Aparício Borges.

De acordo com o coordenador-geral em exercício da Vigilância em Saúde (CGVS) de Porto Alegre, Anderson Araújo Lima, estão sendo tomadas todas as medidas de controle, inclusive com a realização de bloqueio de transmissão nos locais onde vivem os pacientes. “Os casos foram confirmado por meio de exames realizados no Lacen-RS. Em Porto Alegre, até o momento 47 casos foram notificados, sendo que destes, 14 foram descartados, 13 confirmados (seis autóctones e sete importados) e 20 casos estão sendo investigados”, informou. Os principais sintomas da doença são febre, manchas vermelhas no corpo, náuseas, vômitos e dores musculares.

Alerta - A CGVS lançou no início do mês, alerta epidemiológico chamando atenção dos profissionais de saúde para o diagnóstico da doença na Rede de Saúde da Capital. Nos anos de 2010 e 2011, ocorreram casos autóctones em Porto Alegre. Em 2012 não houve transmissão autóctone (apenas casos importados). “Com as novas tecnologias utilizadas no controle da dengue, já foram instaladas 717 armadilhas de captura do mosquito e realizadas 2,7 mil vistorias em diversas regiões da cidade. Com isso o controle se tornou mais efetivo e com uma resposta mais rápida nas ações”, destaca Lima.

Bloqueios - A dengue é uma doença de notificação compulsória. Os serviços de saúde informam à Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde sobre os casos suspeitos. Com a notificação de um caso suspeito, é realizada a Pesquisa Vetorial Especial (PVE) para verificar a existência do mosquito Aedes aegypti no entorno da residência e no local de trabalho do suposto infectado. São removidos os criadouros do mosquito e coletadas as larvas eventualmente encontradas. Confirmado o caso, após exame sorológico, e a presença do mosquito, é realizado o bloqueio. Os bloqueios são feitos com aplicação de inseticida para a forma adulta do mosquito.

A ação especializada de bloqueio de transmissão na área dos casos confirmados, com a aplicação de inseticida pela calçada, dirigido a todos os imóveis do trecho, tem o objetivo de atingir o máximo possível da população de mosquitos adultos. A ação será realizada duas vezes por semana, até que não se tenha registro de novos casos.