Pesquisadores da Universidade de Warwick, no Reino Unido, demonstraram como duas tecnologias podem prever, com mais precisão, quais pacientes com câncer são mais propensos a sofrer com os efeitos colaterais da radioterapia.
A pesquisa, publicada na revista Sensors, descreve como o uso de um nariz eletrônico e de um novo exame de espectrometria, chamado FAIMS (Field Asymmetric Ion Mobility Spectrometry), pode ajudar a identificar as pessoas em maior risco.
As técnicas se baseiam na análise da relação entre os níveis de toxicidade no intestino e a probabilidade de experimentar efeitos adversos.
"Em termos mais simples, acreditamos que os níveis de toxicidade resultam de diferenças na microflora do intestino de um paciente. Ao usar estas tecnologias podemos analisar amostras de fezes e ' cheirar' substâncias químicas que são produzidas por esta microflora para melhor prever o risco de efeitos colaterais", explica o pesquisador Ramesh Arasaradnam.
"Em essência, nós seremos capazes de prever aqueles que são propensos a desenvolver sérios efeitos colaterais do intestino relacionados. Isto irá permitir o desenvolvimento de uma terapia dirigida para estes grupos de alto risco", explica Arasaradnam.
O sucesso do estudo piloto vai levar a uma ampla investigação sobre os possíveis usos dessas tecnologias e pode ser realmente importante para ajudar os médicos a informar os pacientes que vão receber radioterapia pélvica, antes do início do tratamento.