.
 
 
Mãe de Deus quer que conhecimento médico chegue mais facilmente à população
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


05/03/2013

Mãe de Deus quer que conhecimento médico chegue mais facilmente à população

Segundo especialista, existe uma lacuna entre o serviço que é desenvolvido nos hospitais e o que a população conhece. Muitas pessoas acabam não buscando tratamento por não saberem que eles existem

O conhecimento médico evolui constantemente a partir de pesquisas e do desenvolvimento de drogas e tratamentos. Porém, boa parte das inovações não chega à população, fazendo com que esta desconheça fatos essenciais para a preservação de sua saúde. Um encontro promovido pelo Hospital Mãe de Deus na sexta-feira procurou elucidar alguns temas relacionados ao câncer, um deles sobre um tipo que apresenta grande aumento de casos no mundo: o melanoma. Somente no Brasil, a estimativa para este ano é de que sejam registrados mais 3,2 mil casos em homens e três mil em mulheres. Isso representa três vezes mais do que na última década.

“Existe uma lacuna entre o serviço que é desenvolvido nos hospitais e o que a população conhece. Muitas pessoas acabam não buscando tratamento por não saberem que eles existem”, acredita Alceu Alves da Silva, superintendente do Mãe de Deus. Especificamente em relação ao melanoma, durante décadas os estudos sobre esse tipo de câncer ficaram estagnados, tendo a doença recebido atenção apenas nos últimos dois anos.

Para o oncologista Alan Arrieira Azambuja, do Instituto do Câncer do hospital, os dados sobre o melanoma no Brasil ainda são questionáveis. “Sabemos que a incidência é de quatro casos para cada 100 mil habitantes, contudo, temos a informação de que nas regiões Sudeste e Sul o número de casos é maior. Talvez exista também uma relação com a precisão dos dados que são coletados e registrados em cada região”, afirma.

Nos Estados Unidos, atualmente, uma em cada 74 pessoas corre o risco de desenvolver a doença. De 1950 a 2000, esse foi o tipo de câncer com maior número de casos novos e com aumento de mortalidade de 160%. Algumas das causas são a exposição ao sol, o buraco na camada de ozônio e o aumento dos registros estatísticos. Na Europa, na Austrália e nos EUA, são feitos rastreamentos constantes nas pessoas para controlar o aparecimento de manchas na pele.

No Brasil, isso ainda não acontece. Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a 25% de todos os tumores malignos registrados, o melanoma representa apenas 4% das neoplasias malignas, apesar de ser o mais grave devido à alta possibilidade de metástase.

De acordo com Azambuja, o mais importante para a cura do melanoma é tratar toda a lesão de pele suspeita como se fosse maligna, retirando a mancha e deixando uma margem de segurança no local. “Do ponto de vista médico, qualquer especialista da área pode retirar um sinal, mas é necessário que esse profissional saiba detectar qualquer risco de melanoma. Um paciente com câncer de 1mm de profundidade tem 95% de chance de viver mais de cinco anos. Com 5mm, a chance cai para 50%. É preciso detectar rapidamente”, diz. O diagnóstico é feito através do chamado método ABCDE, que compreende a verificação de assimetria, bordas irregulares, cor variável, diâmetro maior que 6mm e a evolução da mancha.

A individualização do tratamento do melanoma é a principal novidade em relação à cura da doença. Segundo o oncologista, a pesquisa clínica tem auxiliado na inserção de medicamentos novos nos hospitais. “Cada vez mais estamos participando de pesquisas clínicas que nos permitem ter acesso a drogas que ainda não chegaram ao mercado. No ano passado, tratamos 90 pacientes em Porto Alegre a partir desse método”, relata. 


Autor: Jessica Gustafson
Fonte: Jornal do Comércio

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581