.
 
 
Feministas consideram avanço Conselho de Medicina apoiar direito ao aborto
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


24/03/2013

Feministas consideram avanço Conselho de Medicina apoiar direito ao aborto

Atualmente, a legislação brasileira permite o aborto quando a gestação coloca em risco a vida da mãe e também quando é resultado de violência sexual

Movimentos feministas avaliaram como um avanço a manifestação do Conselho Federal de Medicina (CFM) em apoio ao direito da mulher de abortar até a 12ª semana de gestação. Para o Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), o aborto é uma realidade no Brasil e a legalização nestes termos diminuiria os riscos das mulheres se submeterem ao procedimento com métodos inseguros.

“A legalização impediria que as mulheres pobres, e principalmente pobres e negras, morressem por causa dos métodos clandestinos”, defende Jolúzia Batista, socióloga do Cfemea. Para ela, um pensamento conservador tomou força no Congresso Nacional com as bancadas religiosas, porém os debates sobre o assunto têm sido frutíferos. “Nosso desafio é fazer com que a opinião pública compreenda que essa demanda [pela legalização do aborto até a 12ª semana de gravidez] é fato, as mulheres abortam e essa é uma situação muito pesada no Brasil".

Para Regina Jurkewicz, representante da organização Católicas pelo Direito de Decidir, a posição do CFM vem mostrar que defender o direito de abortar não é só “coisa de feministas”. “O fato de ser uma entidade representativa dos médicos tem um significado forte”, diz. Ela sustenta que a mulher que faz aborto deve ser acolhida, e não penalizada.

O CFM vai enviar à comissão do Senado que analisa a reforma do Código Penal um documento em que defende o direito da mulher de abortar até a 12ª semana de gestação. A proposta que tramita no Senado prevê a interrupção da gestação nas seguintes situações: quando houver risco à vida ou à saúde da gestante; se a gravidez resultar de violação da dignidade sexual ou do emprego não consentido de técnica de reprodução assistida; se for comprovada anencefalia ou anomalias graves e incuráveis no feto que inviabilizem a vida independente (quadro a ser atestado por dois médicos); ou por vontade da gestante, até a 12ª semana de gravidez.

Para a entidade, a proposta não irá descriminalizar o aborto. "A conclusão dos Conselhos de Medicina é de que com a aprovação desse projeto o crime de aborto continuará a existir, apenas serão criadas outras causas excludentes de ilicitude. Portanto, somente nas situações previstas no projeto em tramitação no Congresso que a interrupção da gestação não configurará crime", diz nota do conselho.

Atualmente, a legislação brasileira permite o aborto quando a gestação coloca em risco a vida da mãe e quando é resultado de violência sexual. Além dessas situações, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que grávidas de fetos com anencefalia também podem interromper a gestação, mas a decisão não configura alteração do Código Penal. 


Autor: Aline Leal
Fonte: Agência Brasil

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581