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Saúde mental, uma agenda positiva no RS
 
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14/07/2009

Saúde mental, uma agenda positiva no RS

Confira o artigo do presidente da Associação de Psiquiatria do RS, Fernando Lejderman

A preocupante realidade em relação à assistência de saúde mental, em nosso meio, recebeu boas notícias durante o último mês de junho. Lançada no dia 16 de junho, a campanha “Crack, Nem Pensar”, do grupo RBS, já mostrou seu poder de conscientização e mobilização da sociedade. É uma campanha impactante e capaz de gerar resultados positivos para um problema de saúde pública tão devastador como o uso do crack – que, como sabemos, atinge aquela parcela da população mais vulnerável à doença mental.

A Prefeitura de Porto Alegre, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, celebrou, no dia 15 de junho, acordo com o Hospital Mãe de Deus. Foram criados um Pronto-Atendimento Psiquiátrico no Centro de Saúde IAPI e dois Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-ad), visando à ampliação dos serviços de saúde mental no município. O acordo ainda prevê a abertura de mais 30 leitos para dependentes químicos no Hospital Espírita, o que também vai contribuir significativamente para desafogar os serviços de emergência, que são especialmente procurados por este tipo de paciente.

O Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP) comemorou, no dia 29/06, 125 anos de existência. Nas suas dependências centenárias, gerações de profissionais realizaram, e realizam até hoje, sua formação profissional. Lá, aprenderam a complexidade e a tragédia das doenças mentais, sua diversidade de apresentação, seus diferentes graus de severidade, seus mecanismos de defesa e, sobretudo, suas complicações familiares, sociais e profissionais. O estigma e o consequente rechaço e abandono pelos quais seus portadores acabam sendo vítimas são uma decorrência marcante das doenças mentais graves. É neste contexto que devemos registrar e elogiar o anúncio realizado pelo governo do Estado do RS de recriar uma força-tarefa destinada à restauração dos casarões históricos do HPSP. Restaurar os velhos casarões, abandonados há muitos anos, significa, do ponto de vista emocional, restaurar e recuperar a dignidade e autoestima daqueles pacientes que sofrem de alguma doença mental, além da dignidade e autoestima dos profissionais que atuam na área. É uma atitude reparadora, que merece respeito e consideração.

O governo do Estado ainda autorizou, nesta ocasião, a recuperação física da área clínica do HPSP e a nomeação de mais 50 técnicos de enfermagem, 10 psiquiatras e 10 enfermeiros para atuarem no hospital. Além destas medidas, a Secretaria Estadual da Saúde já havia credenciado, nos últimos meses, aproximadamente 600 leitos em hospitais gerais do Estado justamente para o atendimento da dependência do crack.

Esse conjunto de ações concretas em relação ao precário quadro da assistência em saúde mental precisa de continuidade e atenção constante dos responsáveis pelas políticas públicas. A manutenção de uma agenda positiva em relação à saúde mental é fundamental para a melhora da qualidade da assistência aos doentes.

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Autor: Fernando Lejderman
Fonte: Zero Hora

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