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Polêmico estudo revela associação entre suicídio e desemprego
 
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15/07/2009

Polêmico estudo revela associação entre suicídio e desemprego

Pesquisadores avaliaram, por três décadas, a relação entre taxas de desemprego e estatísticas de saúde. Confira!

Pesquisadores americanos e ingleses realizaram um estudo que avalia situações de turbulência econômica e correlações com a saúde populacional. Segundo os autores, existe uma preocupação generalizada com as possíveis implicações negativas do quadro de desemprego à saúde humana.
 
De modo a avaliar esse assunto complexo, os cientistas procederam a uma extensa revisão dos dados de mortalidade, econômicos e de desemprego, no período de 1970 até 2007. Os dados foram ajustados quanto ao envelhecimento populacional, especificidades econômicas e de cada país no tocante à infra-estrutura da saúde. No total, 26 países da União Europeia foram avaliados.
 
Resultados
 
Na medida em que a taxa de desemprego avança 1%, os pesquisadores verificaram aumento paralelo de 0,79% na taxa de suicídio em pessoas até 65 anos, podendo chegar a 1.4% em determinados países. Quanto aos homicídios, os autores salientam que, em média, a mesma proporção de aumento na taxa de desemprego acarreta 0,79% de elevação desses índices.
 
Quando o desemprego aumenta consideravelmente (acima de 3 pontos percentuais), as taxas de suicídio situam-se em um intervalo de 0,65% a 8,24%, tendo uma média de aumento de 4,45%. Um resultado positivo é que o aumento do desemprego diminui as mortes no trânsito (1,39%).
 
Contudo, os autores sublinham que o aumento do desemprego e situações de crise acarretam a elevação das estatísticas por mortes violentas, intencionais e prematuras. Os pesquisadores verificaram ainda que a cada 10 euros per capita investidos na recuperação da economia, reduz-se em 0,03% o efeito da taxa de desemprego sobre o suicídio.
 
Para os especialistas, são necessários programas que visem ao abrandamento desse impacto econômico sobre a saúde populacional. Uma das alternativas apontadas é o fomento de programas de reintegração de pessoas desempregadas, movimentando o mercado de trabalho e contribuindo para a diminuição de estatísticas indesejáveis.
 
Referência
STRUCKLER, D. et al. The public health effect of economic crises and alternative policy responses in Europe: an empirical analysis. The Lancet, early Online Publication, 8 Jul. 2009.
 

Autor: Guilherme Wendt - Equipe SIS.Saúde
Fonte: The Lancet

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