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15/07/2009

Alerta aos profissionais da saúde:

Detecção, manejo clínico e tratamento de casos de doença respiratória aguda grave

A atual situação epidemiológica da influenza A(H1N1) no nosso país registra um aumento significativo no número de casos com cerca de 30% de autoctonia. Verifica-se, também, com a chegada do inverno, a circulação concomitante de outros vírus influenza. Neste momento, existe a chance de recombinação genética deste novo vírus, podendo levar ao surgimento de uma nova onda epidêmica e eventual alteração de sua virulência. Durante os últimos dois meses, a estratégia de enfrentamento dessa emergência de saúde pública foi baseada em medidas de contenção. No cenário atual, essa estratégia perde a importância e efetividade impondo a priorização do monitoramento do padrão de gravidade da doença. Portanto, novas orientações técnicas, recomendadas no protocolo do Ministério da Saúde, devem ser adotadas pela vigilância epidemiológica e assistência à saúde.

Caso suspeito de doença respiratória aguda grave

Indivíduo de qualquer idade com doença respiratória aguda caracterizada por:

- febre elevada, acompanhada de tosse OU dor de garganta, acompanhado ou não de manifestações gastrointestinais, E dispnéia ou outro sinal de gravidade*, por exemplo, ausculta compatível com pneumonia ou quadro clínico, laboratorial ou radiológico compatível com pneumonia

*Avaliação simplificada de gravidade em serviços de saúde de atenção primária e secundária

A presença de pelo menos UM dos sinais abaixo deve alertar o médico para o encaminhamento do paciente ao hospital de referência definido pela SES

Avaliação em adultos

- Confusão mental

- Freqüência Respiratória > 30 mrm

- PA diastólica < 60 mmHg ou PA sistólica < 90 mmHg

- Idade > 65 anos de idade

Avaliação em crianças

- Toxemia

- Tiragem intercostal

- Desidratação/Vômitos/Inapetência

- Estado geral comprometido

- Dificuldades familiares em medicar e observar cuidadosamente

- Presença de co-morbidades/Imunodepressão

Todo o caso de doença respiratória aguda grave deve ser imediatamente notificado, por telefone, à Secretaria Municipal de Saúde que notificará a Secretaria de Saúde do Estado.

Manejo clínico dos casos suspeitos e indicação de coleta de amostras

No indivíduo com manifestações clínicas compatíveis com doença respiratória aguda grave, deve-se:

- Utilizar equipamentos de proteção individual. conforme orientações anteriormente fornecidas

- Realizar avaliação clínica minuciosa; o Ministério da Saúde recomenda fortemente internar o paciente, prestando todos os cuidados que o caso requer,

- Coletar aspirado de nasofaringe para RT-PCR, preferencialmente até 3º dia após o início dos sintomas, no máximo até o 7º dia

- Efetuar a coleta de duas amostras de sangue para sorologia, sendo uma na fase aguda e outra na fase convalescente (15 dias após o início dos sintomas). O soro deverá ser congelado há -20°C e a equipe de epidemiologia municipal deverá encaminhá-lo ao LACEN para análise outros possíveis agentes etiológicos

- Coletar outras amostras clínicas, a critério médico, para diagnóstico diferencial, conforme hipóteses, e para monitoramento da evolução clínica do paciente

- Administrar oseltamivir em, no máximo, até 48 horas do início dos sintomas. Como em toda prescrição terapêutica, observar interações medicamentosas, contra-indicações formais e efeitos colaterais. Pode ser utilizado durante a gravidez somente se o benefício justificar o risco potencial para o feto. Este medicamento pode induzir resistência dos vírus, se utilizado de forma indiscriminada.

Dosagem recomendada do oseltamivir: a dose recomendada é de 75 mg duas vezes ao dia, por cinco dias, para adultos. Para crianças acima de um ano de idade e com menos de 40 kg as doses variam de acordo com o peso, conforme especificação a seguir:

 

Peso                                  Dose                        Freqüência

Menos de 15 kg              30mg                        Duas vezes ao dia

De 15 a 23 kg                  45mg                        Duas vezes ao dia

De 23 a 40 kg                  60mg                        Duas vezes ao dia

Acima de 40 kg               75mg                        Duas vezes ao dia

 

Busca ativa de contatos próximos de caso suspeito ou confirmado de doença respiratória aguda grave

Diante de um caso de doença respiratória aguda grave, visando identificar novos casos com quadro semelhante, é necessário que seja realizada a busca ativa de pessoas que estabeleceram contato próximo durante o período de transmissão da doença.

 

Contato próximo de caso suspeito ou confirmado de doença respiratória aguda grave

Considera-se como contato próximo a pessoa que cuida, convive ou que teve contato direto ou indireto com secreções respiratórias de um caso suspeito ou confirmado. O contato deve ter ocorrido dentro do período de transmissão da doença, conforme a faixa etária:

Adultos: desde um dia antes até o 7º dia do início dos sintomas

Crianças (menores de 12 anos): desde um dia antes até o 14º dia do início dos sintomas.

 

Conduta frente a identificação de contatos próximos com sinais e sintomas de doença respiratória aguda:

- Contato apresentando forma grave (ver definição acima): adotar as condutas previstas no item "Manejo clínico dos casos suspeitos e indicação de coleta de amostras"

- Contato apresentando manifestações clínicas compatíveis com síndrome gripal (febre, tosse ou dor de garganta com duração máxima de 5 dias): orientar isolamento domiciliar voluntário e a adoção de medidas de precaução. Contatos sintomáticos que apresentam fatores de risco devem ter acompanhamento constante do seu médico assistente para monitorar a evolução do quadro

 

** Fatores de risco para complicações por influenza

- Idade: inferior a dois ou superior a 60 anos de idade;

- Imunodepressão: por exemplo, pacientes com câncer, em tratamento para aids ou em uso regular de medicação imunossupressora;

- Condições crônicas: por exemplo, hemoglobinopatias, diabetes mellitus, cardiopatias, pneumopatias e doenças renais crônicas

- Gestação

 

O Ministério da Saúde alerta aos profissionais de saúde e aos familiares de indivíduos com doença respiratória aguda grave que as condutas clínicas não dependem do resultado do exame laboratorial específico para influenza A(H1N1). O Ministério da Saúde esclarece ainda que este exame, quando indicado, demanda um tempo maior de realização, pela complexidade da técnica utilizada.

 


Autor: Assessoria de Comunicação Social
Fonte: Secretaria Estadual da Saúde

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