O uso de contraceptivos orais com baixa dosagem de estrogênio pode aumentar o risco de a mulher sofrer com sintomas como dor pélvica crônica e dor durante o clímax sexual.

As conclusões são de pesquisadores da New York University, nos Estados Unidos, e da Waitemata District Health Board, na Nova Zelândia, que realizaram um estudo cujo objetivo era comparar os sintomas da dor pélvica crônica entre mulheres jovens que são usuários atuais contraceptivos orais e não-usuários.

Foram utilizados dados de uma pesquisa anônima, realizada via internet, com mulheres com idade entre 18 e 39 anos. Foram excluídas do estudo gestantes, mulheres com histórico de endometriose e dor pélvica. Foram reunidas, também, informações sobre dados demográficos e tipos de contraceptivos orais, duração e indicação de uso.

No total, foram entrevistadas 932 mulheres, das quais 605 foram classificadas como usuárias de anticoncepcionais não orais e 327 como usuárias de contraceptivos orais. Dessas últimas, 169 utilizavam medicamentos em baixas doses e 171 com doses normais.

O estudo constatou que as usuárias de contraceptivos orais de baixa dose de estrogênio eram mais propensas a relatar sintomas de dor pélvica e a ter sintomas de dor pélvica crônica do que os não-usuários.

As usuárias de contraceptivos orais de baixa dose de estrogênio tinham quase que o dobro de incidência de dor ou desconforto durante ou após o clímax sexual quando comparadas ao grupo controle. As usuárias de anticoncepcionais com dosagem normal de hormônio eram menos propensas a ter sintomas de dor pélvica do que os usuários anticoncepcionais não orais.

Não houve diferenças entre as usuárias de anticoncepcionais com dosagem normal de hormônio e as que não utilizam contraceptivos

Os resultados foram apresentados na 108th Annual Scientific Meeting of the American Urological Association, San Diego, nos Estados Unidos.