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6 de Junho é o Dia Nacional de Luta contra as Queimaduras
 
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28/05/2013

6 de Junho é o Dia Nacional de Luta contra as Queimaduras

Sociedade Brasileira de Queimaduras defende avanços na prevenção de acidentes e nos direitos dos grandes queimados

No Dia Nacional de Luta contra as Queimaduras, celebrado em 6 de junho, a Sociedade Brasileira de Queimaduras faz um alerta aos pais e responsáveis por crianças pequenas, pois elas representam 2/3 das vítimas deste tipo de acidente no Brasil. Segundo estimativas da SBQ, 1 milhão de pessoas sofrem queimaduras a cada ano no país, apesar de as situações em que as queimaduras ocorrem serem previsíveis e evitáveis. “As crianças na maioria das vezes se queimam em casa, em especial na cozinha e no pátio, e quase sempre na presença de um adulto que não está atento aos riscos daquela situação”, explica a pediatra Maria Cristina Serra, presidente da SBQ.     
 
Para que as próprias crianças desenvolvam uma noção sobre o perigo, a Sociedade Brasileira de Queimaduras, com apoio da Mauricio de Sousa Produções e patrocínio da Unicred Brasil, reeditou um gibi da Turma da Mônica em que todas as tirinhas destacam os riscos de queimaduras. Com distribuição gratuita e dirigida a escolas de Ensino Fundamental e unidades de saúde, os quadrinhos destacam, em 20 páginas, os maiores vilões das queimaduras, que são as panelas com líquido escaldante, as fogueiras, as tomadas elétricas e o álcool líquido – que normalmente é armazenado ao alcance das crianças, juntamente com produtos de limpeza não-inflamáveis.     
 
Neste sentido, uma das principais bandeiras da SBQ nos últimos anos foi a restrição da venda do álcool líquido. O clamor se espalhou “feito fogo”, ganhando o reforço de inúmeras instituições de defesa das crianças e do consumidor, que comemoraram este ano um grande avanço para a prevenção de queimaduras. A decisão judicial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em favor da RDC 46/2002 da Anvisa, garantiu a suspensão da fabricação, distribuição e comercialização do álcool líquido com graduação maior que 54°GL, equivalente a 46,3º INPM. Publicada no Diário Oficial da União de 25 de fevereiro de 2013, a medida reverte uma decisão favorável à Associação Brasileira dos Produtores e Envasadores de Álcool (Abraspea), que há 10 anos inviabilizava a aplicação da Norma da Anvisa.     
 
Outra conquista recente, também com participação da Sociedade Brasileira de Queimaduras, foi a aprovação de um projeto de lei que beneficia as vítimas de queimaduras graves com acompanhamento contínuo e gratuito. Com autoria do parlamentar catarinense Dado Cherem (PSDB/SC), o PL 161.6/12 foi proposto por iniciativa da SBQ, e no momento depende apenas do veto do Governador Raimundo Colombo para vigorar em Santa Catarina. “Queremos assegurar às vítimas de queimaduras graves uma assistência integral especializada, que inclua não apenas o atendimento de urgência, mas também as cirurgias plásticas reparadoras, a reabilitação física e psicológica, transporte público gratuito e direito à vaga de estacionamento para pessoas portadoras de deficiências”, defende o deputado estadual que, como Secretário de Estado da Saúde entre 2003 e 2009, já havia lançado duas grandes campanhas de prevenção às queimaduras.
 
Para o cirurgião plástico Dilmar Leonardi, ex-presidente da SBQ, o Projeto de Lei catarinense é um modelo a ser seguido nos demais estados do país, pois representa uma chance efetiva de reinserção social dos queimados. “Não é mais possível que eles continuem sendo duplamente vítimas: na hora do acidente e depois, pela exclusão laboral e social. É um dever do poder público garantir a esses pacientes a capacidade de uma recuperação plena e a expectativa de uma vida melhor, e o deputado Dado Cherem merece o nosso reconhecimento por dar o primeiro passo nesse sentido”, enfatiza o especialista. “Hoje não há políticas públicas para promover a inserção social das vítimas de queimaduras, as quais carregam para sempre o trauma psicológico e as marcas no corpo, e como se não bastasse, costumam ficar em condições de desigualdade no mercado de trabalho”, justifica o deputado estadual pelo PSDB-SC.
 
COMO EVITAR QUEIMADURAS EM FESTAS JUNINAS:
 
São consideradas queimaduras graves aquelas que atingem mais de 30% da superfície corporal, ou que são motivadas por choques elétricos e lesões inalatórias, por exemplo. No Brasil, as queimaduras estão entre as principais causas externas de morte, perdendo apenas para outras causas violentas, que incluem acidentes no trânsito e homicídios. “A situação costuma se agravar nesta época do ano, quando os próprios pais envolvem seus filhos nos preparativos para as festas juninas, acendendo fogueiras e lançando foguetes”, alerta o chefe da Unidade de Queimados do Hospital da Restauração em Recife, dr. Marcos Barreto.
 
Os fogos de artifício podem provocar queimaduras (70% dos casos); lesões com lacerações/cortes (20% dos casos); amputações dos membros superiores (10% dos casos); lesões de córnea ou perda da visão e lesões do pavilhão auditivo ou perda da audição. Confira as principais recomendações para evitar queimaduras e outros traumas nas Festas Juninas:
 
- fazer sempre fogueiras baixas, o que evita desmoronamentos que acabam espalhando as brasas;
- nunca acender as fogueiras jogando o combustível, em especial gasolina, álcool ou solvente;
- não manipular o fogo sob o efeito de bebidas alcoólicas;
- não deixar que as crianças sejam responsáveis por qualquer fase neste processo, tanto de acender fogueiras quanto de soltar fogos.
- não preparar refeições com criança no colo;
- não permitir que as crianças brinquem na cozinha durante o preparo das refeições;
- não deixar álcool, solvente ou gasolina armazenado ao alcance das crianças;
- sempre designar um responsável para cuidar das crianças enquanto os demais adultos preparam a alimentação.
 
Especificamente sobre fogos de artifício:
- só utilizar fogos de artifício com procedência garantida;
- não manipular os fogos sem antes ler o rótulo;
- não segurar os fogos de artifício com as mãos;
- prender o rojão em uma armação, em uma cerca ou em um muro, e não ficar próximo na hora de acender;
- não tentar acender fogos que falharem;
- disparar os fogos somente ao ar livre, um de cada vez, observando se não há substâncias inflamáveis ou redes elétricas nas proximidades;
- ter sempre um recipiente de água por perto para colocar os foguetes já usados, ou aqueles que falharam, para não haver riscos de novas explosões.
 
Mais informações no site www.sbqueimaduras.org.br

Autor: Ana Lavratti
Fonte: Assessoria de Imprensa SBQ

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