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Novo medicamento contra câncer faz mais mal do que bem
 
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13/06/2013

Novo medicamento contra câncer faz mais mal do que bem

Vários pacientes com glioblastoma tratados com o bevacizumab apresentaram uma significativa deterioração na função neurocognitiva, uma piora nos sintomas da doença e queda na qualidade de vida

O uso do medicamento bevacizumab para tratamento do glioblastoma (GBM) não melhorou a sobrevida dos pacientes e nem retardou a progressão da doença.

Pior do que isso, ele traz uma série de efeitos colaterais graves.

O glioblastoma é o tumor cerebral maligno primário mais comum em adultos e, apesar dos avanços no tratamento nos últimos anos, a média de sobrevivência dos pacientes é inferior a 16 meses - poucos pacientes vivem mais de cinco anos.

Uma das grandes esperanças para melhorar essa situação veio com o lançamento do bevacizumab, comercializado com o nome de Avastin®.

Contudo, vários pacientes com glioblastoma tratados com o bevacizumab apresentaram uma significativa deterioração na função neurocognitiva, uma pioria nos sintomas da doença e queda na qualidade de vida.

Não só isso: as mudanças frequentemente indicam o que se pode esperar como resultado do tratamento.

Os dados foram obtidos por meio de um grande estudo multicêntrico de Fase III (RTOG 0825), e anunciados por nada menos do que quatro universidades dos Estados Unidos, que tiveram pesquisadores participando do levantamento.

Anticorpo monoclonal

O glioblastoma é o tipo mais frequente e mais agressivo de tumor no cérebro. Os tumores apresentam um alto risco de recorrência e são geralmente fatais.

Estudos anteriores concluíram que o bevacizumab, um anticorpo monoclonal dirigido contra o fator de crescimento endotelial vascular, prolonga a sobrevida livre de progressão em pacientes com glioblastoma recorrente.

Usando testes objetivos da função cognitiva, além de avaliações subjetivas dos sintomas e da qualidade de vida, o novo estudo acompanhou 507 pacientes, que foram avaliados no momento do diagnóstico e em intervalos durante o tratamento.

"A maioria dos estudos usa pontos finais tradicionais, incluindo a sobrevida global e os resultados radiográficos, com pouca atenção com o impacto das terapias para o paciente," disse o Dr. Jeffrey Wefel, da Universidade do Texas. "Isto faz com que o potencial benefício clínico seja difícil de determinar."

Usando os novos critérios, e o acompanhamento espaçado ao longo do tratamento, os resultados iniciais não apenas não se confirmaram, como mostraram efeitos sérios para os pacientes.

Segundo os pesquisadores, o próximo passo será tentar isolar subgrupos de pacientes que possam ser beneficiados pelo bevacizumab. 


Autor: Redação
Fonte: Diário de Saúde

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