Estudo apresentado no American Society of Hypertension Annual Meeting (ASH2013), que ocorreu de 15 a 18 de maio de 2013 em San Francisco, nos Estados Unidos, mostrou médicos e enfermeiros que têm hábitos saudáveis para saúde cardíaca são mais propensos a recomendar toda a gama de modificações de estilo de vida para prevenir a hipertensão.

Prestadores de cuidados primários que se exercitam frequentemente são duas vezes mais propensos do que seus colegas sedentários a recomendar seis intervenções que buscam tornar o estilo de vida do paciente mais saudável.

A mesma tendência pode ser observada entre os profissionais de saúde que possuem uma alimentação saudável, consumindo as cinco porções de frutas e legumes diárias recomendadas pelas autoridades de saúde: 78% tinham maior probabilidade de sugerir mudanças no estilo de vida dos pacientes (intervalo de confiança de 95% 1,17-2,70).

A pesquisa Docstyles, realizada on-line em 2012 com 1.001 médicos e 252 enfermeiros nos Estados Unidos, mostrou que os profissionais de saúde estavam em melhor forma do que a população geral, com apenas 13% de obesos em comparação com os 41% da população adulta norte-americana.

Cerca de dois terços dos entrevistados afirmaram ter se exercitado por, pelo menos, 30 minutos de um a quatro dias por semana e 49% afirmaram consumir as porções recomendadas de frutas e vegetais diários.

Questionados sobre as recomendações de saúde dada aos pacientes, 90% dos profissionais de saúde recomendaram a cessação do tabagismo; 95% a prática de atividades físicas; 90% a perda de peso; 90% a redução do sal; 89% uma dieta saudável; e 96% a limitação do uso de álcool. Ao todo, 56% recomendaram todas as seis intervenções de estilo de vida.

Essa proporção não varia de acordo com o índice de massa corporal, tabagismo, idade, sexo, raça ou etnia, definição prática, situação socioeconômica da população de pacientes tratados, anos de prática ou especialidade.